Por Renato Müller
Nos últimos meses, muitas empresas americanas anunciaram o fim do trabalho híbrido, revertendo políticas adotadas durante a pandemia (ou mesmo antes desse período) para voltar ao modelo 100% presencial. O caso mais conhecido é o da Amazon, que, citando a dificuldade de manter sua cultura em um ambiente remoto, passará a exigir a presença no escritório 5 vezes por semana a partir de janeiro.
Mas a Amazon não é a única: tanto no mercado de tecnologia quanto no varejo, modelos híbridos ou remotos têm sido deixado de lado. Com isso, baixas têm acontecido – até mesmo nos escalões mais altos das empresas. É o caso do Walmart.
No início do ano, a maior varejista americana disse que os colaboradores das áreas corporativas precisariam marcar presença em um dos 3 escritórios da empresa nos EUA, em San Francisco, Nova York ou Bentonville (no Arkansas, onde fica o QG da companhia). O trabalho híbrido ainda está liberado, mas a maioria das horas de trabalho passou a acontecer no escritório.
Pessoas trabalhando nos hubs do Walmart em Dallas, Atlanta e Toronto foram relocadas para um dos 3 escritórios, o que provocou baixas no time. A diretora de tecnologia da divisão Sam’s Club, Cheryl Ainoa, está deixando a empresa, depois de se recusar a mudar para o interior do Arkansas, onde fica a sede do Walmart e onde a maioria dos executivos de nível sênior trabalha.
Segundo a Bloomberg, Cheryl citou “razões pessoais” para deixar o cargo que ocupava há pouco mais de um ano. Antes disso, ela havia liderado o time de tecnologias emergentes do Walmart por cinco anos.