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GPA vai separar a colombiana Éxito como fez com o Assaí

De Administrador SH
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Depois da distribuição das ações, o GPA teria participação minoritária de cerca de 13% no Éxito

O GPA informou que recebeu o resultado dos estudos preliminares para a potencial segregação entre seus ativos e os da controlada Éxito, varejista de alimentos com sede da Colômbia. Segundo a companhia, a transação deve ser feita por meio de uma redução de capital de GPA para distribuir aproximadamente 83% das ações do Éxito atualmente detidas pelo GPA.

Após a distribuição das ações, o GPA manteria participação minoritária de aproximadamente 13% no Éxito, com potencial de monetização no futuro.

De acordo com o comunicado, a operação deve ocorrer por meio da distribuição proporcional aos acionistas do GPA de ações ordinárias do Éxito, incluindo na forma de Brazilian Depositary Receipts nível II (BDRs) e American Depositary Receipts nível 2 (ADRs), ambos lastreados em ações ordinárias de emissão do Éxito.

Para o conselho de administração do GPA, a transação, que tem como objetivo aumentar o valor de mercado das ações de GPA e Éxito separadamente, tem um potencial de destravamento de valor a ser capturado de forma “isonômica” por todos os acionistas do GPA.

Os valores mobiliários emitidos pelo GPA continuarão aptos à negociação no Brasil, na B3, e nos Estados Unidos, na New York Stock Exchange. Da mesma forma, os valores mobiliários de emissão do Éxito continuarão a ser negociados na Colômbia, na BVC.

Além disso, o Grupo Éxito irá protocolar a documentação necessária junto à CVM e a Securities and Exchange Commission (SEC) para que os BDRs e ADRs sejam negociados no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente, de acordo com os elevados níveis de governança corporativa e de regulação aplicáveis a cada um dos mercados.

O conselho de administração do GPA autorizou a dar continuidade aos estudos, iniciar a preparação da implementação da transação, bem como a tomar as medidas necessárias para a sua formalização, incluindo todas as providências para a criação dos programas de BDRs e ADRs do Éxito no Brasil e nos Estados Unidos, tendo o conselho de administração do Éxito aprovado nesta data o começo dos trabalhos com essa finalidade.

Ainda de acordo com o GPA, a efetiva implementação da transação depende da conclusão dos trabalhos preparatórios, assim como da obtenção de aprovações necessárias, incluindo as aprovações dos órgãos reguladores competentes.

A decisão final sobre a transação deverá ser tomada pelos acionistas do GPA, reunidos em assembleia geral extraordinária. O GPA espera concluir a transação, com a entrega efetiva das ações ordinárias do Éxito, incluindo sob a forma de BDRs e ADRs, aos seus acionistas, durante o 1º semestre de 2023.

Ações do GPA subiram mais de 10% nesta segunda

As ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA) tiveram um dia animado nesta segunda-feira, 5, depois que circularam notícias de uma possível volta de Abilio Diniz à rede originalmente fundada por seu pai. O dia também foi marcado pelo anúncio separação do negócio da Éxito, rede colombiana que está à venda, da estrutura do grupo. Assim, os papéis subiram 9,72%, fechando a R$ 23,70.

O francês Casino, que controla o GPA, já tem um plano traçado para a venda em até dois anos dos ativos, incluindo a bandeira de supermercados que dá nome à companhia. O antigo dono, Abilio Diniz, seria o principal interessado no negócio e se movimenta para encontrar um arranjo societário e recuperar o Pão de Açúcar, sem abrir mão de sua participação no Carrefour Brasil, do qual é sócio relevante desde 2014.

Uma das possibilidades estudadas é a venda da participação de Abilio no Carrefour na França, o que não aliviaria uma possível leitura do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de concentração de mercado no País, mas liberaria recursos para a compra. A outra forma seria buscar um parceiro financeiro para a operação aqui no Brasil.

Holding do Casino tem até 2024 para quitar dívidas

Abilio Diniz, no entanto, ainda tem tempo para chegar a uma solução. A Rallye, holding do Casino e em recuperação judicial na França, tem até 2024 para acertar suas dívidas com credores. Até lá, o plano é extrair o máximo de valor com a venda fatiada do grupo brasileiro.

A primeira saída deve ser do Grupo Éxito, rede de varejo alimentar com atuação na Colômbia, Uruguai e Argentina, que hoje está debaixo do GPA. O próximo passo é a venda da participação de 34% do GPA na Cnova. Esse processo está congelado pelo momento adverso para ações de tecnologia no mundo e aguarda uma situação mais favorável de mercado para voltar à ativa.

Volta de Abilio é vista como ‘respiro’ para bandeira de varejo

Para a venda do Pão de Açúcar, a marca mais valiosa dentro do GPA hoje, a estratégia é primeiro “embelezar a noiva”, resolvendo o passivo da companhia para deixá-la mais atraente. Nesse processo, a empresa já se desfez de mais de 60 pontos comerciais do Extra Hiper.

Depois da separação do Assaí, a empresa perdeu o motor de crescimento e geração de caixa dos atacarejos. Além disso, a marca hoje carrega a pecha de “supermercado caro” e, com concorrentes muito competitivos, não consegue atender às exigências de um público tão sofisticado quanto mira.

O Península, gestora fundada por Abilio Diniz, afirmou não comentar “rumores de mercado”. O Casino e o GPA disseram que não comentariam.

Fonte: Valor e Estadão

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