A Associação Hipervalor Varejista projeta fechar o ano de 2025 com faturamento de R$ 5,1 bilhões. O valor é 18,6% superior ao registrado no ano anterior, quando a rede associativista mineira encerrou o exercício com R$ 4,2 bilhões.
A central de negócios reúne redes supermercadistas de Minas Gerais que operam de maneira independente. As bandeiras que a compõem são: SuperLuna, Supermaxi, Bigmais, Santa Helena, Alvorada e Rena.
O objetivo da associação é fortalecer as partes envolvidas para que essas empresas possam competir com as grandes redes do mercado mineiro e nacional.
O diretor-executivo da Hipervalor, Gustavo Fleubert, explica que a expectativa de crescimento é resultado da abertura de novas lojas e do trabalho que vem sendo realizado com a gestão de categorias. De acordo com o dirigente, a projeção para este ano é de até oito unidades inauguradas.
Até o mês de abril, as bandeiras que integram a rede associativista Hipervalor Varejista somaram 116 lojas, cobrindo um total de 143.460 metros quadrados (m²) em 38 cidades mineiras. Elas possuem 11.644 funcionários trabalhando nessas unidades.
Outro ponto que deverá contribuir para os resultados, segundo Fleubert, é a parceria com grandes fornecedores, que possibilita o aumento do volume de itens adquiridos com melhores condições, e a ampliação da venda destes produtos. Em 2023, houve um crescimento de 18% nas vendas por loja, enquanto em 2024 a expansão foi de 12%.
Desafios e trunfos
Quanto às dificuldades, o dirigente lembra que, na visão dos associados, o Brasil sempre ofereceu um ambiente desafiador, ao qual eles já estão acostumados. “Eles conseguem acompanhar as mudanças de comportamento do consumidor e o endividamento” diz, referindo-se ao fato de as empresas contarem com donos que estão presentes nas operações, possibilitando maior velocidade na tomada de decisão.
O crescimento da marca própria da central de negócios também pode ser considerado um fator determinante para o aumento do faturamento da rede associativista ao longo deste exercício. De acordo com Fleubert, a marca Porti está chegando a 50 SKUs, ou tipos de produtos disponíveis nas lojas que integram a rede, o que tem contribuído para a fidelização dos clientes.
Ao todo, 51,1 milhões de consumidores passam pelas lojas todos os meses, o equivalente a 62 milhões de clientes por ano. A Hipervalor teve um avanço de 12% no número de clientes no exercício anterior.
O diretor-executivo da rede Hipervalor Varejista também destaca o uso de ferramentas tecnológicas nas operações das bandeiras associadas. Entre os objetivos, está a obtenção de informações de mercado para realização de estudos e comparação com as redes integrantes de forma individual. “O uso da tecnologia na Hipervalor vem crescendo constantemente nos últimos anos”, diz.
Além disso, a rede associativista trabalha com tecnologia voltada para a gestão de relacionamento com o cliente (CRM, sigla em inglês), com ações como cashback, por exemplo. A central registrou avanços no ambiente on-line, com 769.462 usuários nos aplicativos das bandeiras integrantes.
Fleubert avalia que as vendas on-line têm sido um dos grandes desafios para os associados, pois os resultados voltaram para patamares pré-pandemia de Covid-19. “Nós temos utilizado aplicativo próprio para divulgar ofertas e chamar os clientes para as lojas e fazer uma movimentação no sentido de utilizar a tecnologia para comunicação com o consumidor”, acrescenta.
Outra aposta prevista para ampliar as vendas e o faturamento em 2025 são as campanhas de itens colecionáveis em cidades do interior de Minas Gerais. A expectativa é de lançar estas ações em até 18 cidades do Estado, com duração média de 12 a 15 semanas.
“Nós acreditamos que a adesão do consumidor, principalmente, no interior trará um ganho de vendas. Essa é uma aposta que vai trazer um aumento no faturamento”, conclui.
Fonte: Diário do Comércio