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Coopetição é somar habilidades com ganhos mútuos

De Administrador SH
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Tempos atrás, vivenciar o termo era impensável, garantem os especialistas, fato que mudou radicalmente com a chegada mundial da pandemia. Especialistas em varejo falam sobre o poder deste conceito e o que é preciso para disseminar a sua cultura

A pandemia acelerou as expectativas dos clientes, que está diferente, mais informado e quer ser tratado individualmente. Frente a esse cenário, varejo e indústria precisam trabalhar o conceito de coopetição – a competição com a cooperação e o compartilhamento com confiança de ambas as partes.

O tema central da Convenção da ABRAS 2021 foi debatido no segundo e último dia do evento em Campinas. Participaram virtualmente os autores do livro “Co-opetition”, o americano Barry Nalebuff e o inglês Adam Bradenburger.

O mediador do debate, Roberto Tamaso, sócio da empresa McKinsey, retratou o cliente atual que deseja um nível de imediatismo que nunca se viu antes. “Hoje, as entregas são em uma hora, 30 minutos. O consumidor está mais diferente e sofisticado”.

Diante disso, claramente, são necessários novos elementos estruturais para atender o novo consumidor. Tamaso citou um elemento atual de coopetição que é o marketplace, cuja dimensão era impensável há alguns anos. E o ecossistema que favorece a isso nada mais é que a parceria, a associação, a aquisição.

Todos os especialistas do painel destacaram o compartilhamento de dados como fator que favorece à coopetição entre duas empresas no intuito de agregar valor e conhecendo melhor o shopper  

O inglês Adam Bradenburger se diz feliz com a inclusão dos fornecedores no processo. “Somar habilidades para ganhos mútuos”. Em complemento, o professor americano, Barry Nalebuff, disse que nem sempre a cooperação precisa acontecer, mas citou um case de sucesso na Suécia, onde as empresas de cerveja se uniram para fazer a reciclagem das embalagens. A operação agrega valor e deixa o cliente feliz.

Já o vice-presidente de Desenvolvimento de Clientes da Unilever, Roberto Zuccollo, destacou que o sentido de coopetição se reflete nas marcas da multinacional e, na sequência, Júlio César Lohn, presidente executivo da Rede Brasil de Supermercados, ressaltou que um dos pilares da coopetição é o conhecimento e a confiança que se constrói ao longo do tempo entre as partes.

Quem também participou do painel foi o executivo da rede de compras Unigrupo, Vanderlei Martins, que destacou que há questões antagônicas para a disseminação da cultura da coopetição, como problemas tributários e a marca própria. Segundo Vanderlei Martins, a coopetição é um agregador de valor para se tornar mais competitivo com a garantia de um sucesso muito maior.

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