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Hipermercados puxam bom desempenho do varejo em março

De Renata Ruiz
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Junto com itens de informática e farmacêuticos, setor teve destaque em pesquisa realizada pelo IBGE

Boas performances em artigos de informática, farmacêuticos e no setor de hipermercados ajudaram a compor a alta de 0,8% no volume de vendas do varejo restrito no mês em março. A observação partiu de Cristiano Santos, pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analista da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que mostrou o aumento no setor.

É fato que as vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo terem parado de cair. Nesse segmento, o volume de vendas ante fevereiro saiu de queda de 0,8% em fevereiro para estabilidade em março. Especialistas lembram o forte peso desse segmento no comércio: 54,9% do total. “Só o fato de não ter caído já ajuda [no resultado]”, resumiu Cristiano Santos. O especialista informou que menor pressão inflacionária, no período, ajudou a impedir nova queda consecutiva em vendas, nesse segmento.

“Super” avança e “hiper” cresce pouco

Os supermercados grandes e pequenos, nesta ordem, registram os melhores desempenhos em vendas totais no ano entre os diversos formatos do varejo alimentar, depois do atacarejo, ainda líder entre os canais de distribuição, apesar da desaceleração. Embora os hipermercados tenham ganhado um recente fôlego, parando de perder vendas, parte da melhora é reflexo de uma base de comparação fraca dessas megalojas, que tiveram anos recentes de desempenho fraco.

No caso dos supermercados, apesar de terem saído do foco dos investimentos dos líderes varejistas, são eles que conseguem manter taxas de expansão de um dígito alto a dois dígitos baixo, segundo os dados da NIQ Ebit. De janeiro a abril, os “supers” grandes cresceram 12,9% e os pequenos, 9,2%. Em termos de “mesmas lojas” (pontos com mais de 12 meses), a alta é de 8,7% e 6,6% respectivamente. Pela pesquisa, unidades grandes têm de 1 mil a 2,5 mil metros quadrados, e as pequenas, até 1 mil metros quadrados.

Em relação aos “hipers”, o crescimento é de 3,6% em vendas totais (a menor expansão entre todos os formatos e abaixo da inflação acumulada) e 7,3% em “mesmas lojas”. Esta alta é mais relevante, mas em cima de uma base comprometida.

Na quinta-feira, 25, a ABRAS trará os dados consolidados do setor no período. Para conhecer os resultados, basta acompanhar as atualizações do site SuperHiper.

 

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