Home SeçõesConsumidor Cesta de higiene e beleza cresce, mas demandas mudam

Cesta de higiene e beleza cresce, mas demandas mudam

Cabelos mais naturais e ondulados estão em alta entre consumidoras das gerações Z e alfa. Tratamentos químicos perdem força

De Redação SuperHiper
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O mercado de cuidados capilares está experimentando um crescimento sustentado, impulsionado por um aumento na frequência do banho e no uso semanal de produtos. Categorias essenciais, como o xampu e o condicionador, continuam a contribuir fundamentalmente para a expansão, mas há uma forte tendência a rotinas mais diversificadas, com uso de três ou mais itens, e um maior foco na abordagem de preocupações específicas.

Paralelamente a isso, atualmente 42,2% das mulheres usam cabelos mais naturais e ondulados. É o que mostra um novo levantamento que analisa, em profundidade, a relação delas e suas madeixas em diferentes fases da vida, em 13 países.

As marcas que souberem ouvir e entender essas novas demandas e necessidades sairão na frente. E, da mesma forma, o varejo.

Segundo o estudo, entre outras tendências, as mais jovens (gerações alfa e Z) têm um movimento mais forte em direção ao predomínio dos cabelos ondulados e cacheados, enquanto as mais velhas (gerações boomers e X) preferem os mais lisos. O material revela ainda que 64% das mais novas têm ondulados e 32% das gerações Z e “millenials” enrolados. Dos 30,6% de mulheres com madeixas lisas, 71,3% são naturais, e a grande maioria do público feminino (62%) tem fios longos, nos ombros ou abaixo deles.

Outra conclusão interessante do levantamento é a perda da força dos procedimentos químicos, que vêm sendo menos usados no longo e curto prazos. Mesmo com o recente aumento de ocasiões de uso entre o público mais maduro, com a volta à rotina fora do lar e trabalho presencial, os níveis ficam abaixo de 2020 (antes da pandemia). Em 2023, 62,2% das mulheres eram adeptas e, em 2024, foram 60,9%. As de 44 a 59 anos são as que mais usam produtos: 74,2% o fizeram em um período de seis meses e são as que mais usam o tipo especializado, sendo as de classe A e B as que mais desembolsam para isso.

Enquanto isso, a geração alfa, que experimentou um expressivo aumento de uso de tratamento químico (+28%) entre 2020 e 2023, no ano passado, apresentou um decréscimo de 16%. E a geração Z foi de 51,6% de ocasiões de uso em 2023 para 46,7% em 2024, indicando uma clara direção a procedimentos mais naturais e menos prejudiciais aos fios.

A coloração é o principal tratamento adotado pelo público mais maduro (58% e 55,6%, respectivamente, das usuárias de químicos da geração X e “baby boomers”).

Entre as mulheres das gerações Z, “millenials” e “boomers” que não realizam esses procedimentos, 47%, 35% e 38%, respectivamente, justificam estar felizes com os cabelos e preferir um look mais natural. E 15,9% das jovens de até 15 anos dizem que não fazem uso, pois os pais não permitem.

Os dados acima fazem parte de um estudo, que captura o comportamento de cuidados pessoais de 50 milhões de usuários em todo o mundo, em suas 246 milhões de ocasiões semanais de cuidados pessoais em 13 países: os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a Rússia, a Espanha, a Itália, a Inglaterra, a Polônia, a China, a Austrália, o Japão, a Índia e o Brasil. O material foi elaborado pela Kantar.

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