Por Renato Müller
O Walmart prevê um início de ano ainda complicado para os consumidores americanos, por conta dos efeitos da inflação sobre o preço dos alimentos. “Não sei como será todo o ano de 2025, mas espero melhoras conforme os preços das commodities se acomodem”, disse Doug McMillon, CEO da empresa.
Falando na conferência anual de varejo e consumo do Morgan Stanley na semana passada, McMillon se disse desapontado com o momento atual da inflação, destacando que os maiores problemas estão em itens básicos como ovos e laticínios. Para minimizar o impacto no orçamento dos clientes, a empresa tem investido em descontos, compensando ao menos parcialmente a alta de 25% no preço médio dos alimentos em relação ao período pré-pandemia.
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O executivo se disse otimista em relação ao posicionamento do Walmart no mercado americano. “Estamos crescendo tanto em alimentos quanto em não-alimentos, mostrando que nosso posicionamento de preço e a gestão de estoques têm sido bem desenvolvidos”, afirmou.
Em 2025, a varejista acredita que o programa de fidelidade Walmart+ deverá ser um impulsionador do crescimento. Para isso, porém, a empresa precisa resolver barreiras como o desconhecimento dos consumidores, que com frequência não sabem que o programa é válido tanto para as lojas físicas da rede quanto para o marketplace.
O Walmart+ foi lançado em 2020 como uma forma de impulsionar as vendas online da empresa e colocá-la em melhor condição competitiva em relação à Amazon. Na época, a varejista não deu grande destaque ao lançamento, buscando primeiro acertar a qualidade da experiência e os benefícios oferecidos aos clientes. Nos últimos anos, o Walmart vem aumentando os investimentos na plataforma, mas ainda não divulga dados básicos, como a quantidade de assinantes.