A maioria dos apostadores esportivos tende a ser de jovens adultos do sexo masculino, de acordo com a American Gaming Association (AGA). Em 2023, de acordo com a associação, 34% dos apostadores em bets tinham de 35 a 44 anos. Ou seja, a maioria faz parte da geração conhecida como “millennium”. Os mesmos dados sugerem que 64% dos apostadores esportivos no mesmo ano eram do sexo masculino. Nos Estados Unidos, a maioria das apostas esportivas tem sido feita on-line. Em 2022, os estadunidenses haviam apostado mais de US$ 220 bilhões em esportes. E, em 2023, foi também o terceiro ano consecutivo em que a receita de apostas comerciais bateu recordes.
Na última quarta-feira, 2, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda divulgou nas versões atualizadas das listas de empresas de apostas de quota fixa, bets (marcas) e respectivos sites que podem continuar funcionando até o fim deste ano em âmbito nacional e estadual. Na lista nacional, há 93 empresas com respectivamente 205 bets. Já as listas dos estados têm 18 empresas. Ao todo, o governo editou dez portarias para regulamentar as operações das bets.
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No Brasil, a situação das bets tem gerado preocupação dentro do governo. Na última quinta-feira, foi realizada uma reunião ministerial, que discutiu medidas de redução dos impactos das apostas esportivas e dos jogos on-line, as bets, em casos de dependência e endividamento. Outra preocupação do governo federal é com os usuários do Bolsa Família. Estudos revelaram a utilização do benefício para as apostas. Medidas para a restrição do uso de recursos do programa para esse fim estão em análise.
“Tem muita gente se endividando, tem muita gente gastando o que não tem. E nós achamos que isso tem que ser tratado como uma questão de dependência. Ou seja, as pessoas são dependentes, as pessoas estão viciadas”, ressaltou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com nota divulgada, após a reunião.
Desde o primeiro semestre de 2023, o governo trabalha na regulamentação das apostas esportivas e dos jogos on-line.
Fontes: National Geographic Brasil/ Agência Brasil