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Negócios



Kellogg´s se divide em três empresas: dos cereais ao plant-based

21 de junho de 2022
 - 
23:25
 - 
Bruno Marcon
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Companhias independentes vão produzir e entregar os alimentos , informou a matriz americana

A Kellogg´s, multinacional de alimentos que no Brasil é conhecida por marcas como sucrilhos e corn flakes, vai se dividir em três empresas.

O portfólio da companhia será repartido em uma empresa de produtos à base de plantas, uma outra de snacks para o mercado global e uma terceira de cereais vendidos na América do Norte, dando a cada uma maior autonomia e espaço para crescer, informou a multinacional na manhã desta terça-feira.

De acordo com comunicado divulgado pela empresa, com sede em Battle Creek, em Michigan, a separação ocorrerá por meio de duas cisões isentas de impostos.

Após o anúncio, as ações da Kellogg’s subiram até 5,5% nas negociações da Bolsa de Nova York nesta terça-feira, a maior em mais de um ano. Até o fechamento de sexta-feira, os papeis da multinacional registraram alta de 4,8% este ano, superando em muito a queda de 23% no S&P 500.

“Todos esses negócios têm um potencial autônomo significativo, e um foco aprimorado permitirá que eles direcionem melhor seus recursos para suas prioridades estratégicas distintas”, disse o CEO da companhia, Steve Cahillane, no comunicado.

A divisão reflete a expansão da Kellogg’s muito além de suas raízes como fabricante de cereais matinais. A pandemia aumentou a demanda por produtos embalados e salgadinhos, e os alimentos à base de plantas também ganharam popularidade nos últimos anos.

A multinacional espera separar primeiro a unidade de cereais, com as duas transações concluídas até o fim de 2023.

Callihane permanecerá como CEO do negócio global de lanches, que apresenta marcas de Pringles a Cheez-It e Pop-Tarts. A unidade também inclui algumas operações internacionais de cereais e a marca de café da manhã Eggo.

Vendas de mais de US$ 11 bilhões

Espera-se que o negócio global de lanches seja “uma empresa de alto crescimento de um dígito”, disse Cahillane em entrevista. Ele acrescentou que o negócio tem a oportunidade de crescer com aquisições e também com expansão orgânica.

As três empresas ainda não foram nomeadas oficialmente, e os gerentes das unidades de cereais e alimentos à base de plantas serão anunciados posteriormente, disse Kellogg. As empresas de cereais e vegetais permanecerão sediadas em Battle Creek, enquanto a unidade de lanches terá sede corporativa em Chicago.

O negócio global de lanches teve vendas de cerca de US$ 11,4 bilhões no ano passado, enquanto as novas operações de alimentos à base de plantas – lideradas pela marca MorningStar Farms – representaram cerca de US$ 340 milhões. As vendas da unidade de cereais americana da Kellogg’s foram de cerca de US$ 2,4 bilhões.

De acordo com o plano, os acionistas da multinacional receberiam ações das duas empresas cindidas em uma base pro rata em relação às suas participações na Kellogg’s. As separações estão sujeitas à aprovação final do conselho e também dependerão do recebimento da confirmação da Receita Federal sobre a natureza isenta de impostos das cisões.

Em uma teleconferência com investidores, Cahillane disse que a empresa estava focada em reativar seus negócios de cereais após um incêndio em uma planta e uma longa greve no ano passado. O executivo acrescentou que a divisão permitirá que o negócio de cereais aloque seus próprios recursos em vez de competir com o negócio de snacks, que tem registrado forte crescimento.

A Kellogg’s também explorará opções estratégicas, incluindo uma possível venda da sua empresa de produtos à base de vegetais. A categoria teve um grande crescimento por vários anos, embora tenha se tornado mais competitiva.

O status de isenção de impostos dos spinoffs provavelmente desencorajaria os rivais que buscam assumir as novas empresas menores, pelo menos inicialmente. Quaisquer ofertas de aquisição nos dois anos seguintes à mudança teriam que pagar impostos mais altos sobre a transação.

Cahillane admitiu que todos os negócios “estão igualmente expostos” a desafios como altos custos de commodities, gargalos e escassez de suprimentos. Essas dificuldades, incluindo o aumento do custo da mão de obra, corroeram a lucratividade das empresas americanas nos últimos trimestres.

De acordo com o CEO, a divisão dos negócios lhes dará mais flexibilidade para superar esses obstáculos:

-Ter estratégias mais focadas, equipes de gerenciamento mais focadas, as tornará ainda mais ágeis e mais capazes de competir em um ambiente como esse.

Fonte: Bloomberg, O Globo


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