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Indústria de higiene, beleza e limpeza cresce e emprega

De Administrador SH
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Expectativa da Abipla é fechar o ano com ganhos e normalização dos estoques; vendas do setor de saneantes devem subir 3%

De acordo com dados da AbIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, a produção de saneantes cresceu 1,2% entre janeiro e maio de 2021, com base no índice de base fixa mensal da PIM* – Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. “O dado está muito próximo do que havíamos previsto para o primeiro semestre e deve confirmar nossa expectativa de crescer perto de 3% este ano”, afirma Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.

Apesar de não ter sido tão afetado pela pandemia como outros setores econômicos, os fabricantes de produtos de limpeza sofreram em 2020 com a alta volatilidade na demanda de seus produtos. Apenas para contextualizar, entre janeiro e julho do ano passado, o setor cresceu 5,9%, mas enfrentou queda no segundo semestre, até encerrar o ano de 2020 com o volume de produção estável, em relação a 2019. Além disso, segmentos do setor, como as linhas de produtos para limpeza profissional e corporativa enfrentaram queda abrupta na demanda, por conta das restrições de circulação.

“Uma notícia boa para o nosso setor é que o segmento de produtos de limpeza profissional já está operando normalmente. Isso, inclusive, justifica a alta neste ano”, explica Engler, destacando, ainda, o aumento de participação do e-commerce no setor. “Estimamos que as vendas digitais tenham crescido acima de três dígitos desde o início da pandemia. Apesar de partir de uma base baixa, já que a participação do e-commerce era bem reduzida até então, é um crescimento considerável, tanto que algumas empresas já estão trabalhando com canais B2C”, conta.

Outro ponto analisado pelo diretor da ABIPLA são os hábitos de consumo dos brasileiros, por conta da pandemia. Segundo Engler, os produtos para desinfecção de ambientes dominaram o mix de itens com maior crescimento nos últimos meses. “Em 2020, a produção de água sanitária, por exemplo, cresceu, aproximadamente, 9%. Houve, também, maior demanda de detergentes para máquinas de lavar louças, álcool para limpeza e desinfetantes. Além disso, novos produtos ganharam espaço na cesta de limpeza do brasileiro, como bactericidas em spray e lenços umedecidos para limpeza de superfícies”, afirma. “Isso mostra a preocupação do brasileiro com a desinfecção de ambientes”, completa.

Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, os fabricantes de limpeza foram um dos poucos setores econômicos que terminaram 2020 com saldo de empregos positivos no CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, respondendo por cerca de 80 mil postos de trabalho. Para Engler, a tendência é que os bons números de empregos se mantenham, já que muitas empresas continuam com seus planos de expansão.

“Alguns associados têm até acelerado os investimentos em novas unidades fabris e remanejado suas estruturas para aumentar a produção. Um recente estudo da Euromonitor International apontou que o mercado de saneantes do Brasil, que é, atualmente, o sexto do mundo, só cresce em um ritmo menor do que o da China, entre os principais países do planeta. Com isso, é possível que nosso País se torne o quarto maior mercado de produtos de limpeza nos próximos anos e a indústria vem se preparando para atender este possível crescimento na demanda”, finaliza.

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