Acionista do Carrefour detalhou a Nova Economia e seus desafios durante a abertura da Convenção ABRAS
À frente da Península, o empresário Abílio Diniz diz que tem viajado muito para a França e os Estados Unidos. Lá fora, vê na prática o medo da recessão, a alta da taxa de juros e a falta de mão de obra. Isso sem falar na Guerra da Ucrânia, o choque de oferta de insumos e da própria energia na Comunidade Europeia. Até a relação dívida x PIB está melhor … em 2021, era de 80%. Em 2022, 78%, segundo ele.
Diante desse cenário, Abílio afirmou que pensando em economia, “deveríamos ser mais carinhosos com o nosso Brasil. Viemos de uma recessão pesada em 2015 e 2016. Veio a pandemia e saímos de 2020 com 15 milhões de desempregados. Entramos em 2021 e conseguimos crescer. Em 2022, a projeção é de crescer 3%. Assim, de uma forma ou de outra estamos conseguindo superar nossas dificuldades. O número de desempregados já baixou para 9 milhões e a massa salarial subiu.
Diniz reconhece que persiste a imensa desigualdade e o pior, a insegurança alimentar. “A palavra chave da nossa economia é crescimento e geração de trabalho”.
“Dá para crescer, não temos problemas fiscais sérios, problemas com o exterior. A inadimplência real dos consumidores está em 20%. Não temos nada que nos impeça. “
Abílio Diniz
Sobre o Brasil pós eleições, o ex-proprietário da Rede Pão de Açúcar acredita que não vai acontecer nada de especial. O Brasil tem instituições fortes, nenhum presidente vai governar sem os poderes Legislativo e Judiciário. Um ou outro presidente não vai conseguir fazer o que quer.
Emotivo, porque a abertura da Convenção ABRAS coincidiu com a data do aniversário do seu filho João Paulo, o JP, que faria 59 anos nesta segunda-feira, Abílio revelou que tem muito orgulho de ser supermercadista: “ser um de vocês, estar junto com vocês. Meu coração vai estar sempre na distribuição olhando para nossos fornecedores.”
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