Retail media, no ponto de venda, tem se limitado as ações de sampling e telas com publicidade
Por Renato Müller
Recentemente, a Amazon desistiu da tecnologia Just Walk Out (lojas sem caixas de pagamento) em favor dos Dash Carts (carrinhos de compra inteligentes) em suas lojas Amazon Fresh. Além de satisfazer o desejo dos consumidores por uma tecnologia com a qual estão mais familiarizados, a medida também amplia o “estoque” de oportunidades publicitárias da empresa.
Em um movimento separado, mas que faz parte da mesma tendência, o Walmart enfatizou o potencial de retail media dentro de suas lojas a partir de estratégias simples, como oferecer amostras de produtos e exibir anúncios nas telas de TV nas lojas. Ao que tudo indica, o “back to basics” é a nova/antiga tendência na publicidade digital do varejo.
Leia mais:
- Lojas físicas se tornam essenciais para crescimento do e-commerce
- Supermercados aumentam disputa pelas visitas dos clientes
- Supermercados independentes apostam em retail media
- Supermercados mudam a cara do varejo de Nova York
Esse é um mercado que está crescendo rapidamente. Cerca de US$ 370 milhões irão para retail media dentro das lojas neste ano, ou 0,7% dos investimentos em publicidade omnichannel. Para a Insider Intelligence, esse é um mercado que alcançará US$ 1 bilhão em 2028.
Trata-se de um “patinho feio” nos investimentos em publicidade digital, uma vez que a parte do leão nessa área vai para os canais online, onde é mais simples medir, testar e escalar. Dentro das lojas, um ambiente ainda analógico, é mais difícil obter o mesmo tipo de benefício.
Por outro lado, onde só há mato existem mais oportunidades. “Existe um grande investimento financeiro dos varejistas que querem melhorar a experiência de compra nas lojas, e muitas das oportunidades ainda não foram testadas ou não estão comprovadas”, afirma a analista Sarah Manzano, da Insider Intelligence.