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Varejo de proximidade – ou minimercados – voltaram à moda

De Administrador SH
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Consumidores impulsionaram esse tipo de varejo a partir da pandemia; hábito se mantém e anima algumas redes, mas também gera alerta

Nos últimos três anos, sobretudo a partir da pandemia de Covid-19, o varejo de proximidade ganhou impulso no país. Um levantamento da Allis Field Marketing realizado em 2021 detectou uma alta de 20% na procura das pessoas por mercados localizados perto de suas residências.

Segundo o relatório “Consumer Insights”, o chamado “pequeno varejo” atraiu 7,6 milhões de novos compradores entre 2019 e 2022 e representou 23,6% dos gastos totais das famílias brasileiras. Em 2021, no auge da pandemia, os mercados de proximidade registraram um aumento de 21% em seu faturamento. Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o varejo de proximidade conta com cerca de 15 mil lojas no país.

Um bom exemplo do sucesso desse formato é a Oxxo. “O movimento do Oxxo pega uma carona no efeito pandemia. Já havia uma movimentação no varejo para as marcas tentarem entrar mais nos bairros. Quando veio a pandemia, esse mercado se consolidou”, explica Caio Camargo, especialista em varejo. “As pessoas se locomovem cada vez menos e organizam quase todo o ecossistema de vida delas em um raio de 15 minutos a pé. Isso promove modelos como o do Oxxo.”

Para Camargo, o sucesso inicial do Oxxo no Brasil é resultado da busca do consumidor “por uma vida mais prática”. “O que observamos é que a compra de conveniência não está mais tão ligada ao preço. Hoje, as pessoas estão mais dispostas a pagar mais caro para quem entregar mais rápido”, afirma.

Mas esse não é o único exemplo. Outras redes supermercadistas também têm investido em lojas menores, com mix mais enxuto, que atendam às necessidades e desejos básicos dos consumidores. Porém, especialistas alertam dificuldade histórica de os minimercados se tornarem economicamente sustentáveis. “Nem sempre essas lojas de proximidade dão lucro. Na maioria das vezes, elas têm prejuízo. No geral, você precisa de uma escala muito grande até chegar a um ponto de equilíbrio”, explica o presidente da Abras, João Galassi.

Caio Camargo compartilha da mesma preocupação. “Os mercados de conveniência têm um tíquete médio muito menor do que os supermercados convencionais. Para que esse modelo seja viável, você tem de ter muito mais pessoas comprando. Precisamos aguardar pelo menos mais 1 ano, 1 ano e meio, para entender se esse modelo terá sustentação de mercado”, observa.

Com informações do Metrópolis

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