Para vice-presidente do FMI, tecnologia continua forte no mercado, apesar de “ressaca” em algumas redes
Por Renato Müller
A adoção de soluções de self checkout se tornou um assunto controverso nos Estados Unidos depois que várias redes de supermercados voltaram atrás e decidiram diminuir o uso da tecnologia (ou mesmo abandoná-la totalmente). Mas, para o vice presidente do Food Marketing Institute, Doug Baker, existe muito exagero na narrativa da “morte do self checkout”.
“Entre 2018 e 2021, a pandemia levou o uso do self checkout a dobrar, chegando a 30% das transações no varejo americano. Em 2022, essa participação ficou estável, o que mostra que os consumidores gostam dessa opção e que ela já faz parte do seu dia a dia”, argumenta. Para o executivo, tudo é uma questão de atender diferentes perfis e jornadas de clientes: há quem prefira um atendimento rápido e fazer tudo sozinho, há quem prefira ser atendido por uma pessoa.
Uma preocupação importante do varejo é a possibilidade de fraudes no self checkout – como quando um cliente deixa de escanear um produto. “Nem todo erro é uma fraude, pois pode haver algum problema de cadastro do produto ou o consumidor pode ter se atrapalhado na hora de escanear”, explica Baker. Para corrigir essas questões, os supermercados têm testado novos sistemas e aplicado IA para reconhecer as diferenças entre fraudes e problemas operacionais. “Os supermercados vão fazer ajustes em seus self checkouts para evitar furtos, mas não acredito que eles vão reconsiderar seus investimentos na tecnologia”, afirma o executivo.