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Supermercado passa a cobrar entrada de cliente em loja

Nos arredores de Londres, Aldi toma medida para reduzir furtos em loja autônoma

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

O grupo supermercadista alemão Aldi decidiu tomar uma medida impopular para diminuir a possibilidade de furtos (e prejuízos) em sua loja autônoma piloto Shop & Go em Greenwich, na região metropolitana de Londres. A empresa está testando a cobrança de 10 libras (12 euros) na entrada da loja – o valor é deduzido das compras ou devolvido depois de alguns dias caso a compra não ultrapasse a cobrança.

Na entrada da loja, os clientes precisam passar um cartão de crédito ou escanear um QR Code para que a catraca seja liberada. Segundo os termos e condições da Aldi, o valor é exigido “para verificação dos meios de pagamento e garantir transações seguras e ágeis”. A loja de Greenwich é a única da Aldi no modelo autônomo – e a única da rede a cobrar pelo ingresso.

Aberta em 2022, a loja funcionou no primeiro ano apenas com o uso do aplicativo da Aldi, mas desde então passou a oferecer a opção de cobrança em um cartão de crédito como medida para atrair mais consumidores. A medida reflete as limitações da tecnologia, que usa câmeras com computer vision para colocar em uma cesta de compras virtual os itens retirados e evitar a necessidade de escaneamento dos produtos. Eventualmente, os produtos podem não ser lidos.

Outra possibilidade é que parte dos clientes esteja levando a ideia de “just walk out” de forma muito literal, fazendo compras mesmo quando não têm limite suficiente no cartão de crédito – isso justificaria a cobrança antecipada das 10 libras como uma espécie de caução.

Seja qual for o motivo (a Aldi foi bastante vaga a respeito), a varejista optou por incluir atrito em um modelo de loja que deveria ser sem atrito. E não é a única a fazer isso: um supermercado Market Express localizado no Excel Centre, um centro de convenções leste de Londres, utiliza a tecnologia de lojas autônomas da Amazon e tem exigido uma “pré-autorização” de 10 libras na entrada. A justificativa, nesse caso, é mais clara: confirmar cartões de crédito válidos e evitar falhas nas transações. Já em Belfast, na Irlanda, uma loja autônoma na SSE Arena vende cervejas e snacks, solicitando uma autorização de 30 libras.

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