A partir de uma análise mundial, Ricardo Amorim traçou os rumos da economia no Brasil durante painel na ExpoApras
Ricardo Amorim demonstrou otimismo com a economia nacional durante explanação na ExpoApras. Mais do que otimismo, a gente está vivendo um momento de oportunidades. Entre elas, está a aproximação de um momento de queda de taxa de juros e expansão de crédito, o que não é uma realidade no resto do mundo.
O economista explicou que, em 2011, a inflação chegava no Brasil antes do que nos demais países. A consequência foi que os juros subiram e frearam a economia e hoje o país sente os impactos dessa freada. Ele acrescenta que a inflação no Brasil não está baixa em termos históricos, mas que está baixa em relação ao momento que o mundo vive, tanto que está menor que a dos Estados Unidos, coisa que não acontecia há muitos anos. “No ano passado, o Brasil teve menos inflação do que os Estados Unidos e cresceu a mesma coisa que a China. Fazia mais de 50 anos que isso não acontecia, mas as duas coisas no mesmo ano eu não me lembro quando aconteceu. O ponto é que esse ano, provavelmente, veremos a economia acelerando em função da expansão de crédito”.
Entre os insights deixados para os empresários supermercadistas, Amorim sugeriu que eles esperem os juros caírem e que estejam preparados para pisar no acelerador quando isso acontecer. “Como a maioria nem está olhando para esta alternativa, eles não estarão prontos. E quem larga na frente leva vantagem. Não digo para fazer antes de acontecer, pois se surgir algum problema no Congresso ou um problema fiscal, isso demorará mais e teremos um período mais difícil no meio do caminho. Então, a questão não é ‘se’, mas ‘quando’”, completou o economista.