Por Renato Müller
Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que os consumidores querem ter mais acesso a informações sobre a origem e a rastreabilidade dos produtos que consomem. Segundo o levantamento, realizado pela GS1 US, 79% dos consumidores disseram estar mais propensos a comprar produtos que tenham na embalagem um QR Code com informações mais detalhadas sobre os itens vendidos.
A GS1 US lançou a iniciativa Sunrise 2027, para estimular as marcas a migrar dos códigos de barras tradicionais para QR Codes ou outros tipos de código 2D – a expectativa é que o varejo esteja pronto para ler códigos bidimensionais no checkout das lojas em três anos. “Os QR Codes podem funcionar para os consumidores como um portão de acesso a informações sobre composição dos produtos, esforços de sustentabilidade e recalls, ao mesmo tempo em que ajudam o varejo em pontos como o controle dos estoques, promoções e muito mais”, afirma Bob Carpenter, presidente e CEO da GS1 US.
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Para Dave Cornmann, vice-presidente sênior da rede de supermercados Publix, a mudança para o padrão 2D será muito positiva. “Esse é um passo essencial para levar mais informação para os consumidores nas lojas, ajudando-os a escolher produtos que melhor atendam às demandas de suas famílias”, comenta o executivo.
A demanda por códigos 2D não é exclusividade americana. No Brasil, uma pesquisa realizada no ano passado pela Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil mostra que 43% das empresas pesquisadas (110 supermercados e 710 indústrias de vários segmentos) têm interesse em usar códigos bidimensionais para aumentar a rastreabilidade dos produtos. Na América Latina, a gestão de estoques aparece como a aplicação de maior interesse, citada por 50% dos participantes (no Brasil, esse índice é de 38%).
Em outro dado alinhado ao cenário americano, 35% das empresas pesquisadas no Brasil e que ainda não adotaram códigos 2D pretendem fazê-lo nos próximos dois anos. Hoje, 21% dos entrevistados já usam códigos 2D em suas embalagens. Na América Latina, 40% das indústrias têm a mesma intenção e 16% já usam.