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Outubro Rosa: informação correta salva vidas

De Administrador SH
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A medicina avançou muito na detecção e tratamento do câncer de mama, doença mais prevalente entre as mulheres

No Brasil, assim como no mundo, o câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres. E aqui, como nos demais países, crescem os índices de cura e diminuem as mortes associadas a esses tumores, graças ao aumento dos diagnósticos precoces e aos novos tratamentos.

O câncer de mama é uma doença provocada pela multiplicação desordenada de células que compõem os tecidos que formam a mama. No Brasil, assim como no mundo, é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres (cerca de 60 mil novos casos por ano, segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer).

E aqui, como nos demais países, crescem os índices de cura e de sobrevida e diminuem as mortes associadas a esses tumores, graças ao aumento dos diagnósticos precoces por meio de exames de rastreamento (check-up), como a ultrassonografia e a mamografia, e à melhora na eficácia dos tratamentos utilizados no combate à doença.

Tipos de câncer de mama

Há, ainda, tipos mais raros de câncer de mama, como medularmucinosometaplásicopapilar e tubular. Essa classificação provém do aspecto das células tumorais e de caraterísticas adicionais que o patologista observa no padrão e arranjo das células.


Uma vez confirmado o diagnóstico por meio da biópsia, exames de patologia são realizados para saber se o tumor possui expressão de receptor de estrógeno, de progesterona e de HER2 (o que traduz um aumento do número de cópias de um gene chamado de receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2).


Quando o tumor é negativo para as três variáveis estudadas, ele é chamado de Triplo Negativo. Se for positivo para o HER2, independentemente dos outros dois receptores, ele é definido como HER2 positivo Quando é positivo para estrógeno e/ou progesterona e negativo para HER2, trata-se do subtipo Hormonal.


A definição do subtipo de câncer de mama é um fator importante na escolha do uso de quimioterapia, terapia anti-hormonal e anticorpos anti-HER2, além da sequência de tratamento escolhida.

Sintomas

Tumores de mama podem ser detectados ainda nas fases iniciais por meio de sinais e sintomas como:

  • Nódulo palpável
  • Alteração de pele, como vermelhidão, inchaço ou ferida
  • Assimetria no tamanho das mamas
  • Presença de corrimento no mamilo.

Caso você observe algum desses fatores, é importante agendar uma consulta com seu médico, que avaliará o caso, oferecerá esclarecimentos e orientará as condutas.

Diagnóstico

Além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser indicados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. Contudo, a confirmação diagnóstica é feita por meio de biópsia e análise fisiopatológica.
Graças aos programas de detecção precoce realizados por meio de avaliação Graças aos programas de detecção precoce realizados por meio de avaliação médica, mamografia e autoexame, a maioria dos tumores de mama são diagnosticados em estágios iniciais, quando é possível alcançar a cura.


Fatores de risco

O desenvolvimento do câncer de mama está associado a uma combinação de fatores de risco.

  1. Idade: o risco do câncer de mama aumenta com a idade, ocorrendo geralmente após os 50 anos. Porém, apesar de menos frequente, casos de câncer de mama podem surgir antes mesmo dos 35 anos
  2. História familiar: câncer de mama pode ter origem hereditária, sendo responsável pelo surgimento de aproximadamente 10% dos casos da doença (mesmo quando não se detectam na família mutações em genes relacionados ao aumento de risco de câncer de mama, a história familiar de câncer de mama, principalmente em familiares de primeiro grau, é fator de risco)
  3. Não amamentação (fato associado principalmente à gestação tardia ou à ausência de gestação)
  4. Início precoce da menstruação e menopausa tardia
  5. Ingestão de bebidas alcoólicas (o aumento de risco é proporcional ao consumo)
  6. Uso de terapia de reposição hormonal por um longo período
  7. Obesidade
  8. Sedentarismo
  9. Mamas densas constatadas nos exames de imagem
  10. Antecedente prévio de carcinoma ductal in situ*, carcinoma lobular in situ* ou hiperplasia atípica da mama
  11. Exposição à radioterapia na juventude

*In situ se refere a lesões pré-tumorais


Estadiamento

Uma vez confirmado o diagnóstico do câncer de mama por meio da biópsia, seu médico solicitará a realização de exames adicionais para avaliar o estágio (estádio, na linguagem médica) da doença, considerando o tamanho do tumor, se ele está restrito à mama ou se espalhou para os linfonodos (gânglios) localizados na região da mama, principalmente nas axilas, ou para outros órgãos (as chamadas metástases). Esses exames podem incluir, raio X de tórax, ultrassom de abdome, tomografia e ressonâncias, entre outros.


Esse conjunto de informações, a partir das quais os tumores de mama são classificados em estágios de I a IV, de acordo com suas características e gravidade, é importante para definir os melhores caminhos de tratamento.


Tratamento

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Hormonioterapia (terapia endócrina)
  • Terapia-alvo
  • Radioterapia

São vários os recursos disponíveis para o tratamento do câncer de mama e seu médico, a partir de uma avaliação cuidadosa, selecionará aquele ou aqueles que são mais indicados para o seu caso. Vários fatores são considerados, entre eles:


Estadiamento: pacientes com tumores iniciais poderão receber cirurgia conservadora (procedimento em que é extraída apenas uma porção da mama), seguida de radioterapia, sem necessidade de quimioterapia. Pacientes com tumores grandes poderão receber quimioterapia pós-operatória (neoadjuvante).


Tipo de câncer: para pacientes com câncer de mama com receptores hormonais será indicada, após a cirurgia, a hormonioterapia (terapia endócrina) com comprimidos. Pacientes com câncer de mama com expressão de HER2 receberão um tipo de terapia-alvo que age diretamente na proteína HER2.
Estado menstrual: o tratamento do câncer de mama da mulher na pré-menopausa tem diferenças importantes quando comparado com a mulher que já entrou na menopausa. Tais diferenças podem refletir, por exemplo, na necessidade ou não de quimioterapia preventiva e uso de medicações para suprimir o funcionamento dos ovários.


Qualquer que seja o quadro, é sempre importante contar com uma equipe médica altamente qualificada e integrada para definir a estratégia de tratamento mais adequada.


Prevenção

De forma geral, a recomendação dos médicos é que, a partir dos 40 anos, toda mulher, independentemente do histórico familiar ou identificação de sintomas, faça um acompanhamento periódico com seu médico, além de realizar a mamografia anualmente.


Porém, dependendo de certos fatores de risco e histórico familiar, seu médico poderá recomendar começar mais cedo a rotina de acompanhamento e exames preventivos. Nesses casos, também poderão ser solicitados outros tipos de exames, como a ressonância magnéticas das mamas. É extremamente importante uma avaliação médica especializada, seja para determinar a idade de início e o tipo de exames de acompanhamento, seja para a adoção de outras medidas, como uso de medicamentos que ajudam na prevenção.


Para pacientes com tipos específicos de mutações germinativas, há a possibilidade de prevenção de câncer de mama por meio da cirurgia mamária redutora de risco (mastectomia). Essa estratégia é reservada para um seleto grupo de mulheres.


O autoexame das mamas também pode ser importante em alguns casos.
Um estilo de vida saudável é outro aliado na prevenção do câncer de mama (e também de outros tipos de câncer e doenças). Isso inclui:

  • Atividade física praticada regularmente. Isso contribuirá para obter ou manter o peso adequado.
  • Alimentação rica em frutas, fibras e vegetais. Evite alimentos processados.
  • Moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

Novidades contra o câncer de mama

Pesquisas científicas recentes têm mostrado que tratamentos baseados em medicamentos alvo-dirigidos para subtipos específicos de câncer de mama agregam maior benefício para as pacientes. Dessa forma, quanto mais as pesquisas avançam no campo da terapia-alvo, mais oportunidades surgem para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Além disso, essas novas opções medicamentosas potencialmente provocam menos efeitos colaterais quando comparado à quimioterapia tradicional.


A terapia-alvo é uma nova alternativa de tratamento aplicada em pacientes cujo tumor tem determinadas características moleculares definidas geneticamente. Os medicamentos alvo-dirigidos são compostos de substâncias desenvolvidas para identificar e atacar as células cancerígenas, bloqueando assim seu crescimento.

Fonte: Diretor do Centro Oncológico da BP , Prof Dr Antonio Carlos Buzaid

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