Profissionais da área de Marketing falam sobre o impacto do Metaverso nas relações de consumo e avaliam como será implantado no marketing digital
O aceleramento do consumo causado pela pandemia evidenciou um movimento que até então era popular apenas no mundo dos games. O termo metaverso ganhou destaque quando, em meados de 2021, Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, modificou o nome da empresa para Meta Platforms. Mas o termo foi criado há 30 anos, numa obra literária de ficção científica.
O metaverso é definido por um espaço virtual compartilhado, uma tecnologia capaz de inserir pessoas e coisas reais em um universo virtual. Além da tecnologia de realidade virtual, outras tecnologias descentralizadas – como criptomoedas e NFTs – também contribuem para a construção desse ciberespaço. Nesse movimento de ativos digitais e do ciberespaço, empresas de todos os tipos e segmentos têm buscado maneiras de se inserir, mesmo que de forma gradual e pontual.
Novos caminhos para o marketing digital
Para o Marketing Digital existem oportunidades a médio prazo, com o foco no desenvolvimento interfaces de realidade virtual para criação de ambientes totalmente digitais e imersivos. A integração entre real e virtual se dá através de dispositivos tão familiares quanto os óculos que usamos no dia a dia, porém capazes de processar informações sob a forma de sons, imagens e texto projetando-os no espaço físico.
Para o CEO da TRIWI consultoria em Marketing Digital Ricardo Martins, as empresas de marketing digital podem despontar nesse primeiro momento para testarem o melhor formato que faça sentido aos seus clientes e aos objetivos da empresa, criando um paralelo entre mundo real e virtual.
“Acredito que quando o metaverso estiver estabelecido, o marketing digital pode aproveitar oportunidades de anúncios de outdoor em redes de display, por exemplo, assim como a possibilidade de segmentar público nos anúncios de forma unificada”, pontua Martins.
Com inúmeras possibilidades, o metaverso é a grande aposta de empresas de tecnologia e comunicação, com a capacidade de ser formatado nos próximos anos. Assim, as empresas especulam e se movimentam em busca do seu lugar no ciberespaço.