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Marfrig diversifica produtos para captar o jovem flexitariano

De Administrador SH
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Mercado plant-based deve girar nas Américas do Norte e Sul U$ 10,7 bilhões

Já faz algum tempo que o consumo de proteínas alternativas vem ganhando espaço na mesa dos brasileiros, principalmente entre os mais jovens. Esse é o motivo pelo qual a Marfrig – uma das pioneiras no lançamento de produtos à base de plantas no mercado nacional – está ampliando sua presença no segmento.

“Queremos ser a primeira opção não apenas dos vegetarianos e flexitarianos, mas atrair mais consumidores que gostam de proteína animal também. A Marfrig investiu em produtos com sabor e textura muito semelhantes à carne, trazendo uma experiência bastante superior ao que temos hoje no mercado”, afirma Paulo Pianez, diretor de comunicação corporativa e sustentabilidade da Marfrig.

Um dos produtos de grande sucesso no mercado brasileiro é o hambúrguer vegetal do sanduíche Rebel Whopper, do Burguer King. Lançado em 2020 pela PlantPlus Foods – joint venture entre Marfrig e ADM –, o primeiro hambúrguer à base de plantas da companhia logo chamou a atenção do público pelo sabor e textura parecidos com o da carne bovina.

A iniciativa, bem-aceita pelo público, abriu caminho para novos produtos plant-based no mercado. Tanto é que a PlantPlus Foods já está produzindo uma linha de proteínas que inclui carne moída, almôndega e quibes feitos de vegetais.

“Acreditamos que os nossos produtos irão promover um momento gastronômico com muita qualidade e sabor em qualquer tipo de refeição”, diz Beatriz Hlavnicka, head de marketing da PlantPlus Foods para a América do Sul.

Entre o público, a preferência pela diversificação de proteínas é grande. Esse estilo de vida, chamado de flexitariano, já é comum para 52% da população, de acordo com uma pesquisa realizada pela ADM em parceria com o Ibope.

Fome de carne vegetal

Há muito o que explorar no mercado de proteína vegetal. De acordo com a PlantPlus Foods, o segmento de alimentos à base de proteína vegetal cresce, em média, 17% ao ano na América do Norte, e 15% ao ano na América do Sul, regiões onde a companhia atua.

No mundo, o mercado de alimentos plant-based deve atingir US$ 6,5 bilhões em 2021 e continuar crescendo nos próximos anos. Até 2030, a projeção global de consumo da categoria é de US$ 25,5 bilhões. Só nas Américas do Norte e do Sul, esse mercado deve movimentar US$ 10,7 bilhões, o que representa 42% do total.

Produção responsável

Mas não é só com a diversificação alimentar que o consumidor está ficando mais atento. Além da proteína vegetal, Pianez aponta que a produção de carne animal do futuro terá de respeitar pilares de responsabilidade e gestão socioambiental, pois as empresas serão cada vez mais cobradas por atitudes responsáveis e transparência perante os consumidores.

Na Marfrig, a produção baseada em princípios sustentáveis é feita desde 2009, quando a companhia assumiu o compromisso “Desmatamento Zero” no bioma da Amazônia. Foi quando criou políticas para identificar o fornecimento de gado legal da região.

Desde então, a Marfrig vem aprimorando suas ações sustentáveis em seis eixos estratégicos: controle de origem, que monitora a procedência da matéria-prima (especialmente o gado); redução das emissões de gases de efeito estufa; bem-estar animal (criação e abate humanizado); uso consciente de recursos naturais; gestão e tratamento de efluentes e resíduos; e responsabilidade social.

Todos os eixos são avaliados por indicadores de desempenho (KPIs), reforça Pianez. “A proteína animal que vai ser consumida é aquela que respeita esses pilares”, assegura.

Cadeia sustentável e livre de desmatamento

Dentro dos pilares de sustentabilidade, o  Plano Marfrig Verde+ é responsável pela inclusão de quase 2 mil fazendas no Brasil como fornecedores regularizados e praticantes de princípios socioambientais. Isso representa cerca de 26% das propriedades que venderam gado para a Marfrig em 2021 e equivale a aproximadamente 600 mil animais abatidos.

O plano tem como foco a reinclusão de produtores rurais que, anteriormente, não atendiam aos requisitos de produção responsável.

De acordo com Pianez, a retomada foi possível em função do apoio técnico das unidades da Marfrig e incentivo à adoção de boas práticas pecuárias, como solução de pendências ambientais, trabalhistas e de documentação dos parceiros.

“A Marfrig acredita que a exclusão de produtores – muitos deles pequenos e sem acesso à tecnologia e ao crédito – não é a solução para os problemas ambientais do país”, argumenta o executivo. “Por isso, trazemos o pecuarista para perto e damos apoio e orientação. Assim, conseguimos conciliar produção e sustentabilidade e gerar mais valor para toda a cadeia de produção bovina.”

Fonte: Exame

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