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GPA investe em programas de desenvolvimento voltados para mulheres

SuperHiper entrevistou com exclusividade, a diretora executiva de RH, sustentabilidade e comunicação corporativa do GPA, Erika Petri

De Edevaldo Figueiredo
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Oficializado pela ONU na década de 1970, o Dia Internacional da Mulher é pautado pela manifestação da busca por mais representatividade, direitos e respeito em todas as esferas sociais, incluindo o mercado de trabalho.

Para além de comemorar, poder dar luz e servir de inspiração as profissionais do setor supermercadistas, a SuperHiper conversou com a diretora executiva de RH, sustentabilidade e comunicação corporativa do GPA, Erika Petri.

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Para a executiva, promover e apoiar as mulheres em suas carreiras traz não apenas benefícios individuais para elas, mas também contribui para o avanço da equidade de gênero e para a construção de um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso. Confira a entrevista:

Qual é o percentual atual de mulheres ocupando cargos de liderança no GPA e como isso evoluiu nos últimos anos?
O comprometimento com a equidade, especialmente, com a promoção e desenvolvimento dos talentos femininos é algo intrínseco à formação da cultura da companhia. Acreditamos na promoção da inclusão em todas as suas formas. Para nós, a representatividade e o desenvolvimento de nossos colaboradores são prioridades. Entendendo que essa pluralidade é um valor e também uma alavanca de desempenho e inovação socioeconômica, além de ser essencial em um negócio que tem o cliente como foco.

Atualmente, as mulheres representam 53% do quadro de colaboradores do GPA e elas estão em 49,6% dos cargos de liderança, sendo que nossa meta é que até o fim deste ano cheguemos aos 50%.

Quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres ao ascenderem a cargos de alta liderança?
Ainda há espaço para ter mais referências femininas em posições de destaque. A representatividade possibilita que elas se inspirem ao ter acesso a exemplos de sucesso, o que é fundamental para o desenvolvimento de uma trajetória de liderança.

No GPA, investimos em programas de desenvolvimento voltados para mulheres, com o objetivo de fortalecer e promover o empoderamento feminino e valorizar a sororidade. Nossas lideranças femininas têm programas de mentoria e também são mentoras para apoiar outras mulheres a alcançar espaços de liderança.

De que forma a inclusão de mulheres em cargos de liderança afeta o desempenho e a lucratividade da empresa?
A diversidade na liderança não é apenas uma questão social, mas também um diferencial competitivo. No GPA, por exemplo, nos últimos três anos, adotamos a meta de alcançar 50% de mulheres em cargos de liderança. Como resultado, observamos um aumento significativo no desempenho da companhia, que vem evoluindo trimestre a trimestre em vendas e rentabilidade, o que tem refletido diretamente na melhoria contínua dos nossos resultados financeiros.

Acreditamos que a diversidade de perspectivas, proporcionada pela inclusão de mulheres na liderança, permite que a empresa tome decisões mais rápidas e eficazes, além de promover um ambiente mais colaborativo.

Quais políticas ou práticas o GPA vem adotando para aumentar a representação feminina em cargos de liderança?
Desde 2019, o GPA conta com um programa de desenvolvimento exclusivo para lideranças femininas que possui duração de seis meses. Desde o início dos programas, mais de 2,7 mil mulheres foram treinadas e 30% delas foram promovidas a cargos de liderança até o momento.

Durante os treinamentos, as participantes adquirem habilidades e conhecimentos que auxiliam nos próximos desafios de suas carreiras, como a percepção dos vieses inconscientes, valorização da sororidade e maior ambição de crescimento profissional planejada.

Com previsão de abertura de um grande número de novas lojas nos próximos anos, queremos contratar cada vez mais colaboradoras para atuarem nas nossas unidades, especialmente no Minuto Pão de Açúcar, que é o foco da nossa expansão. Além disso, como parte integrante do nosso programa de treinamento, implementamos um processo seletivo para a contratação da liderança para essas lojas que tem priorizado mulheres, uma prática que a companhia já tem em seus processos e é garantida em políticas internas de atratividade e seleção, que é estabelecer que pelo menos uma mulher esteja na short list para novas vagas e promoções, visando a igualdade de oportunidades.

Também temos sempre a inclusão de pelo menos uma mulher nos planejamentos sucessórios e vagas afirmativas para elas. Acreditamos que esta abordagem promove um ambiente mais diversificado e inclusivo, onde todos possam crescer e se desenvolver profissionalmente.

Além disso, a empresa adotou o Índice de Sustentabilidade e Diversidade (ISD) para compor a remuneração variável dos(as) colaboradores(as) elegíveis, das mais diversas áreas, com o compromisso de aumentar a participação feminina nos cargos com poder de decisão.

Dado que a equidade de gênero é fundamental para o crescimento estratégico da companhia, o GPA se propõe a alcançar 50% de mulheres em posições de liderança (coordenadoras, chefes e acima) até 2025, bem como atingir 50% de mulheres na alta liderança (gerentes e diretoras) até 2030, garantindo essa proporção para cada cargo. Atualmente, as mulheres compõem 53% do quadro de funcionários e, nas posições de liderança, elas ocupam 49,6% dos cargos.

Qual a percepção dos colaboradores sobre a liderança feminina no GPA?
A percepção dos colaboradores sobre a liderança feminina no GPA é extremamente positiva.

A presença de mulheres em posições de liderança é uma prioridade para a companhia, e se reflete nas nossas metas e na cultura. Acreditamos que a promoção da equidade de gênero vai além de um valor essencial, mas também é uma estratégia que enriquece nosso capital intelectual. Neste contexto, a pluralidade de perspectivas, especialmente em um setor dinâmico como o varejo alimentar, fortalece a nossa capacidade de tomar decisões mais assertivas.

Qual é o papel da educação e da escolaridade na ascensão das mulheres a posições de liderança?
A educação possui um papel fundamental na ascensão de líderes em geral, independente do gênero. E as mulheres são reconhecidas por buscarem mais conhecimento, e terem um índice de formação superior ao dos homens.

No GPA, valorizamos e promovemos o crescimento profissional, oferecendo diversas oportunidades para colaboradores que ingressam, muitas vezes, em cargos de entrada e, por meio de desempenho, dedicação e aprimoramento contínuo, conquistam posições de liderança.

Internamente, esses profissionais têm acesso à Universidade do Varejo do GPA, que disponibiliza mais de 5 mil cursos gratuitos e online, proporcionando capacitação em diversas áreas do negócio. Entendemos que o conhecimento e desenvolvimento contínuo fortalecem a confiança profissional e ajudam a reduzir desigualdades históricas no mercado de trabalho.

De que maneira a conciliação entre vida pessoal e profissional afeta a carreira das mulheres em cargos de liderança?
GPA, trabalhamos para fomentar uma cultura inclusiva que permita que as mulheres liderem com confiança, sem precisar abrir mão de sua vida pessoal. Apoiamos as mulheres em nossa organização a se sentirem à vontade para equilibrar todos os aspectos de suas vidas, oferecendo condições para que possam desempenhar seu papel profissional com excelência, ao mesmo tempo em que cuidam de si mesmas e de suas famílias.

Quais são as principais diferenças na gestão e estilo de liderança entre homens e mulheres, e como isso impacta no GPA?
No GPA, acreditamos que a liderança deve ser inclusiva e refletir os valores da nossa cultura organizacional. Nosso modelo de liderança é centrado no respeito pelas características e estilos individuais de cada líder, seja ele homem ou mulher. Embora existam algumas diferenças em termos de abordagem e estilos de liderança, priorizamos um ambiente onde todos possam liderar de forma autêntica, sempre alinhados aos valores da companhia baseado no nosso propósito de alimentar sonhos e vidas.

Qual é o prognóstico para a paridade de gênero em cargos de liderança nos próximos anos no GPA, considerando o ritmo atual de progresso?
Queremos ampliar cada vez mais a representatividade feminina em nossa companhia, especialmente em cargos de liderança. Acreditamos na força da equidades e na pluralidade de ideias como fatores essenciais para a inovação e o sucesso. Sabemos que a equidade de gêneros é fundamental para um ambiente de trabalho mais justo e produtivo.

Fale um pouco sobre sua carreira…
Iniciei minha carreira no varejo, em uma multinacional, nas áreas de comunicação, educação corporativa e cultura, pelas quais sou apaixonada. Depois, atuei em uma grande empresa do ramo de incorporação e construção de imóveis, no de aviação, varejo de moda e drogarias. Aí, depois de 11 anos, tive a oportunidade de voltar para o varejo alimentar, no GPA, onde sou diretora executiva responsável pelas áreas de recursos humanos, sustentabilidade e comunicação.

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