Por Renato Müller
No mercado americano, o impulso dado ao e-commerce de alimentos durante o período de isolamento social se transformou em uma mudança de comportamento dos consumidores. No mês de setembro, as vendas do segmento saltaram 27% na comparação anual, chegando a US$ 9,5 bilhões.
De acordo com dados de um estudo da Brick Meets Click e da Mercatus, essa expansão foi impulsionada pelo delivery de alimentos, com um crescimento de 50%. Com isso, esse modelo de fulfillment está praticamente empatado com a retirada em loja no faturamento do setor (US$ 3,9 bilhões e US$ 4 bilhões, respectivamente). A seguir vêm as entregas feitas diretamente pelo supermercadista, com US$ 1,7 bilhão.
Em um sinal da popularidade do delivery como canal de entrega, quase metade dos consumidores escolhem esse meio pelo menos uma vez por mês, embora o crescimento do tíquete médio dos pedidos tenha crescido menos do que por outras alternativas de entrega.
Para os autores do estudo, o forte crescimento do delivery parece estar relacionado às promoções realizadas por aplicativos de entrega, que têm procurado impulsionar o ingresso em seus programas de fidelidade. Ainda assim, no trimestre a expansão do delivery impressiona: 25% na comparação anual, contra 15% da entrega direta pelo supermercadista e 5% da retirada na loja. Entre julho e setembro, as vendas online de alimentos somaram US$ 27,4 bilhões nos EUA.