Quatro em cada 10 pessoas fazem a maior parte de suas compras em supermercados, maior índice desde o pré-pandemia
Por Renato Müller
Os consumidores americanos estão voltando a preferir os supermercados na hora de realizar as compras de alimentos e produtos para casa, depois de uma década em que as lojas de departamentos de massa (Walmart e Target) e o varejo online ganharam preferência.
De acordo com o estudo “US Grocery Shopper Trends 2024: Finding Value”, do FMI – The Food Industry Association, os supermercados são hoje o destino principal de compras de 40% dos consumidores, dois pontos percentuais mais que no ano passado. O índice vinha estável desde 2021, mas continua bem abaixo dos números de 2014, quando os supermercados eram a escolha preferida de 52% dos americanos.
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“Historicamente, os supermercados são a escolha mais popular entre os formatos de loja. Em 2019, 49% diziam comprar alimentos majoritariamente nos supermercados e apenas 24% em lojas de massa. Desde então, esses últimos players avançaram 9 pontos percentuais”, comenta Laurie Demeritt, CEO do The Hartman Group, que realizou o estudo para o FMI.
Segundo o estudo, a perda de representatividade dos supermercados nos últimos 10 anos decorre principalmente da ida dos clientes a mais lojas e canais de compra – especialmente durante a pandemia, quando o e-commerce passou a ser muito mais representativo no e-commerce de alimentos.
O online, porém, continua tendo um papel relevante. Se o percentual dos que dizem fazer a maior parte de suas compras de alimentos pela internet caiu dos 17% do pico da pandemia para 10%, hoje 67% dos consumidores fazem compras online de supermercados eventualmente, contra 49% em março de 2020. “Esse movimento é impulsionado pelas gerações mais novas: 84% da Gen Z e 81% dos Millennials compram alimentos online de vez em quando, contra 49% entre os baby boomers”, afirma Demeritt.
As principais razões pelas quais os consumidores escolhem um supermercado físico como sua opção prioritária de compra são uma maior variedade ou melhor qualidade dos alimentos (40%) e maior variedade ou qualidade dos hortifrutis, mais especificamente (41%). O preço também é um aspecto relevante na definição de onde comprar, citado por 41% dos entrevistados.