Qualidade do produto nacional melhora vertiginosamente, fomentando o volume de 30 milhões de litros vendidos
Se 2020 foi o ano do vinho, 2021 certamente foi o do espumante. Isso porque a venda das borbulhas foi maior.
Foram 30,3 milhões de litros contra 27 milhões de litros de vinho, ou seja, 40,4 milhões de garrafas de espumante e 36 milhões de garrafas de vinhos finos.
O ano passado fechou com saldo positivo nas três categorias, sendo que o maior volume continua sendo do suco de uva que chegou a 173 milhões de litros nos 12 meses, porém com um incremento tímido de 3,92% se comparado a 2020.
O avanço dos espumantes, que em 2020 ficaram abaixo dos vinhos devido às restrições da Pandemia do Coronavírus, está atrelado à retomada, mesmo que gradual, das atividades, especialmente das comemorações em família, entre amigos e das festas de final de ano.
O presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Luis Argenta, destaca que os brasileiros voltaram a brindar e celebrar a vida. “As pessoas não viam a hora de poder confraternizar, depois de tanto tempo sem festas e eventos.
Mesmo com protocolos a serem seguidos, porém com regras menos rígidas, o hábito de brindar voltou a fazer parte da rotina das pessoas, ainda mais depois de tanto tempo isoladas. A abertura dos hotéis e restaurantes também favoreceu esta alta”.
Os espumantes também foram destaque entre as premiações conquistadas em 2021. De um total de 414 medalhas, 303 foram para espumantes. “A diversidade, refrescância e sofisticação do espumante brasileiro conquistaram o mundo e no Brasil não é diferente. Engarrafamos espumante de alta qualidade com preços excelentes. Além disso, o espumante é uma bebida festiva que harmoniza muito bem em qualquer situação”, reforça.
Mesmo ficando com volume abaixo dos espumantes, os vinhos também tiveram um bom desempenho com um aumento de 11,43% em relação ao ano anterior.
A expectativa da Uvibra para 2022 é que o vinho brasileiro continue vivendo essa boa fase diante da percepção da qualidade pelo consumidor interno que, cada vez mais, aposta na diversidade de estilos que somente o país oferece.