Estudos mostram que essa pode ser uma oportunidade para produtos de marca própria e serviços digitais
Por Renato Müller
Os consumidores americanos têm dado uma importância cada vez maior aos aspectos ligados à saúde e bem-estar no momento de comprar alimentos – e essa pode ser uma oportunidade para as marcas próprias das redes supermercadistas.
De acordo com o relatório Visions 2024 Consumer Trends, da Numerator, o foco das marcas em produtos com mais apelo saudável pode ajudar os supermercadistas a aproveitar duas tendências emergentes que estão influenciando as decisões de compra dos consumidores: alimentos como remédio (“food as medicine – FAM”) e medicamentos para perda de peso. Ambos oferecem uma oportunidade ao varejo para aumentar a visibilidade e as vendas de itens de marca própria com foco em saúde e bem-estar.
Segundo o estudo “Food Industry Contributions to Health and Well-Being”, do FMI – The Food Industry Association, os supermercados são um lugar óbvio para o movimento FAM, pois podem oferecer uma abordagem multifacetada que inclui curadoria de produtos, educação nutricional, parcerias para cuidados com a saúde e inovação com foco no digital.
Uma vez que 82% dos consumidores ouvidos pela McKinsey no estudo Future of Wellness consideram que seu bem-estar é uma prioridade importante em suas vidas e que apps e dispositivos que monitoram a saúde das pessoas estão presentes em 40% da população americana, a oferta de serviços de saúde e bem-estar deverá se expandir nos próximos anos nas redes de supermercados americanas.
Um exemplo é a Albertsons, que conta com a plataforma Sincerely Health de serviços digitais, a partir de 7 dimensões: nutrição, atividades, sono, saúde física, saúde mental, mindfulness e hábitos saudáveis. Os dispositivos de monitoramento podem ser conectados à plataforma, para que metas ligadas à alimentação, atividades físicas, sono e estilo de vida sejam definidas e acompanhadas.