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Atacado distribuidor tem saldo positivo em 2020

Balanço foi divulgado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores. Confira as maiores empresa declarantes do ranking
O ranking da Abad 2021 mostra que o setor atacadista e distribuidor brasileiro registrou crescimento de 5,2% em 2020, em termos nominais, com faturamento de R$ 287,8 bilhões. O estudo da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores em parceria com a consultoria Nielsen detectou que em termos reais (número deflacionado), o crescimento foi de 0,7%, o que garantiu ao setor a participação de 51,2% no mercado mercearil nacional, avaliado pela Nielsen em R$ 562,3 bilhões no ano passado.
Com pequena redução em relação ao ano anterior, essa participação permanece robusta e abrange mais de 50% do mercado pelo 16º ano consecutivo. O economista Nelson Barrizzelli afirma que o resultado do atacado foi muito bom, assim como dos supermercados e drogarias: “O crescimento real de 0,7% pode parecer pequeno, mas se compararmos com o resto da economia, o setor está no lucro”, coloca Barrizzelli.
Os números apontam que a amostra formada pelas 660 empresas participantes do estudo faturou R$ 165 bilhões em 2020, representando uma fatia de 49,2% do faturamento total do setor, a preço de varejo. Os respondentes da pesquisa estão assim distribuídos: 136 do Centro-Oeste, 234 do Nordeste, 92 do Norte, 80 do Sudeste e 118 do Sul do País.
Quanto às modalidades, 73% (476) dos respondentes afirmam atuar no modelo distribuidor com entrega; 52% (337) afirmam atuar no modelo atacado generalista com entrega; 31% (203) afirmam atuar no modelo atacado de balcão; 11% (74) atuam no modelo atacado de generalista de autosserviço e 8% (50) afirmam atuar no modelo agente de serviços.
Quanto à área de atuação, os atacadistas geralmente concentram sua atividade em sua região de origem. Mais da metade das empresas (53%) atua em apenas um estado, mas responde por 19,8% (R$ 32,7 bi) das vendas totais. Outros 4% atuam em 10 ou mais estados, respondendo por 44,4% (R$ 73,2 bi) das vendas totais. Apenas 1% dos atacadistas atuam em todos os estados, mas respondem por 39,6% (R$ 63,8 bi) das vendas totais.
Por faturamento, o Atacadão lidera o ranking de atacadistas declarantes do ranking da Abad. Confira os 11 maiores:
1 – Atacadão: R$ 51,8 bilhões (SP)
2 – Grupo Martins: R$ 6,5 bilhões (MG)
3 – Tambasa: R$ 4,4 bilhões (MG)
4 – Grupo Dia a Dia: R$ 2,8 bilhões (DF)
5 – Servimed: R$ 2,7 bilhões (SP)
6 – Atakadão Atakarejo: R$ 2,68 bilhões (BA)
7 – Decminas: R$ 2,66 bilhões (MG)
8 – Delly’s Food Service: R$ 2,5 bilhões (SC)
9 – Costa Atacadão: R$ 2,3 bilhões (GO)
10 – Villefort: R$ 1,8 bilhão (MG)
11 – Gam Distribuidora: R$ 1,8 bilhão (SC)
Sobre participação de mercado, o professor Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da Fundação Instituto de Administração e responsável pelas análises do Ranking, aponta que o recuo de 1,8 ponto percentual na participação do setor (de 53% para 51,2%) reflete parte da perda resultante do fechamento de bares, restaurantes e lojas de cosméticos ao longo de 2020. Para o consultor, o peso do setor no abastecimento de supermercados, farmácias, padarias, mercearias e açougues, que permaneceram abertos, compensou a perda de faturamento com os pontos de vendas que ficaram fechados.
Segundo ele, os modelos de negócio não vão sofrer alteração a curto prazo. Se o ano eleitoral de 2022 não travar o andamento da economia, o Brasil tem a promessa de faturar mais em um ano sem pandemia. “Não acredito em mudanças significativas no modelo de negócio. Se a eleição não atrapalhar ano que vem, estaremos em um ano robusto com potencial de crescimento enorme, avalia o economista”, avalia Nelson Barrizzelli.
Apesar da permanência da pandemia no primeiro semestre, o presidente da Abad, Leonardo Miguel Severini, prevê para este ano o incremento das vendas, dada a importância do setor para o abastecimento: “Temos confiança em continuar crescendo, mesmo porque lidamos com alimentos de primeira necessidade. E vamos em busca desse desempenho, melhorando ainda mais a qualidade da entrega, a disponibilidade de produtos e o zeramento da ruptura”. Ele também reforça a importância do estudo anual para o setor. “Os números, as análises e tendências trazidas pelo Ranking vão ser primordiais para atingir esse nível de excelência na prestação do serviço, mostrando para o nosso cliente e para o nosso parceiro/fornecedor a força do setor atacadista distribuidor”, diz.

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