Modelo de loja Market adotado na bandeira GreenWise tem tido aumento no fluxo de visitantes, enquanto supermercados convencionais registram queda
Por Renato Müller
Da mesma forma como grande parte dos supermercadistas brasileiros partiu nos últimos anos para a abertura de atacarejos, no mercado americano as redes do setor também estão buscando alternativas que façam sentido para seus clientes. No caso do Tio Sam, a solução tem sido a abertura de formatos de loja de menor porte, com vocação de vizinhança.
Um bom exemplo é a rede Publix, com forte presença no sul dos Estados Unidos. A rede tem focado a expansão de sua bandeira GreenWise, na Flórida, nas lojas no modelo Market, que concentram o sortimento em itens essenciais e alimentos orgânicos. De acordo com dados divulgados pela Placer.ai, que analisa o fluxo de clientes em lojas, esse formato gerou mais interação com os clientes do que os tradicionais supermercados Publix: +6,4% na comparação anual para o GreenWise Market, contra -3,9%.
“A disposição dos varejistas em buscar opções de menor tamanho para suas lojas abre mais possibilidades de abertura de pontos de venda e permite customizar o sortimento das lojas para oferecer o mix de produtos ideal em cada localidade”, analisa Ethan Chernofsky, VP de marketing da Placer.ai.
Apesar dos bons resultados iniciais, as lojas GreenWise Market ainda são apenas uma pequena gota no oceano da Publix: somente 8 dos 1.313 pontos de venda operados pela supermercadista. A vantagem é que, além de estar atraindo cada vez mais público, o formato compacto tem estimulado o cliente a permanecer mais tempo: 28 minutos, contra uma média de 25 minutos nas lojas convencionais. Parece pouco, mas representa mais de 10% de tempo médio adicional.