A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) alerta supermercados e demais varejistas sobre a irregularidade do comércio de misturas ilegais e recomenda o não consumo pela população do que tem sido chamado de “café fake / cafake”.
Trata-se de uma mistura de café com impurezas que parece o produto, mas não é. O denominado “pó para preparo de bebida tipo ou sabor café” pode ludibriar o consumidor. Uma forma de não se deixar enganar e assegurar o consumo seguro do café de verdade é por meio da aquisição de marcas que tenham o selo de pureza e qualidade da ABIC.
A entidade divulgou nota oficial sobre a questão e informou que providências cabíveis sobre isso já estão sendo tomadas pela associação no âmbito dos órgãos de defesa agropecuária, de vigilância sanitária e de proteção ao consumidor.
A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) apoia o posicionamento da ABIC. “A ABRAS, preocupada com seus associados, repassa a todo o setor informações sobre produtos, recebidas de fontes fidedignas, recomendando alertar as áreas responsáveis pelas compras e pelo recebimento das mercadorias para que tenham atenção quanto a tais produtos. Nesse caso, como recomenda a ABIC, uma forma de assegurar a aquisição e consumo seguro do café de verdade é observar e comprar cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da ABIC”, também comunicou a associação via mensagem oficial sobre o assunto.
Confira a seguir, a íntegra do documento divulgado pela ABIC:
ESCLARECIMENTO “CAFÉ FAKE/ CAFAKE”
Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2025.
A respeito da comercialização de “Café Fake / CaFake”, ou seja, misturas de café com impurezas, a ABIC vem expor e esclarecer o que se segue.
A legislação nacional sanitária e de defesa agropecuária proíbe, de forma expressa, com punição de multa e apreensão, a oferta direta ao consumidor de café misturado com resíduos agrícolas, matérias estranhas e impurezas como cascas, palha, folhas, paus ou qualquer parte da planta exceto a semente do café.
Com a valorização do preço da saca de café, cresce o surgimento de empresas clandestinas que oferecem, a baixo custo, misturas impróprias para o consumo humano, como se fossem café.
Com a intenção de burlar a legislação e enganar o consumidor, algumas empresas têm tentado enquadrar a mistura intencional de impurezas no café em outras categorias de alimentos, mantendo-se a identidade visual parecida com o café verdadeiro. Trata-se do “Café Fake / CaFake”, ou seja, produto que parece café, mas não é.
O denominado “pó para preparo de bebida tipo ou sabor café”, não é café e pode ludibriar o consumidor. Ressalta-se que a legislação sanitária prevê que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes no mercado requer autorização prévia da ANVISA, mediante a comprovação da segurança de consumo. O comércio irregular e o consumo de produtos clandestinos, por empresas sem registro nos órgãos oficiais, além de violar a legislação, oferece riscos à saúde.
A ABIC alerta os supermercados e demais varejistas sobre a irregularidade do comércio de misturas ilegais e recomenda o não consumo de tais produtos pela população, diante do risco à saúde.
Uma forma de não se deixar enganar e assegurar o consumo seguro do café de verdade é através da aquisição de cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da ABIC.
As providências cabíveis em desfavor do “Café Fake” já estão sendo tomadas pela ABIC junto aos órgãos de defesa agropecuária, vigilância sanitária e proteção ao consumidor.
Associação Brasileira da Indústria de Café