Por Rafael Lubini
Os últimos grandes encontros do setor — APAS Show 2025, em São Paulo, e a Feira Brasileira do Varejo (FBV), em Porto Alegre — reforçaram uma constatação já evidente para nós, profissionais de marketing e gestão: o varejo vive um ciclo de intensa transformação. Nunca foi tão necessário refletir sobre como o presente e o futuro dos supermercados irão se perpetuar em meio a um consumidor cada vez mais exigente, consciente e conectado.
Vivemos tempos em que a inteligência artificial, o conceito de omnichannel, as tendências de bem-estar, conveniência e propósito moldam não apenas o comportamento do consumidor, mas também a cultura das empresas. Mais do que nunca, a liderança e a clareza da proposta de valor ocupam papel central na estratégia de qualquer negócio.
Nesse contexto, cabe a nós, profissionais inquietos, termos a sensibilidade de compreender qual é, de fato, o papel do nosso supermercado na vida das pessoas. É hora de ajustar propostas, rever modelos e entender as necessidades tanto do “novo” quanto do “velho” consumidor — perfis diferentes, mas igualmente atentos às soluções, à praticidade e à relevância no ato de consumir.
Se o futuro aponta para uma integração cada vez maior entre dados, tecnologia e inteligência artificial, o presente nos exige desenvolver estratégias que unam esses elementos sem perder o olhar humano. Somente assim conseguiremos entregar o que se tornou a palavra de ordem do varejo moderno: uma experiência de compra sustentável, satisfatória e coerente para ambos os lados — empresa e cliente.
Rafael Lubini é Gerente de Marketing UnidaSul