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Por que as vendas cresceram nos mercados de bairro e lojas autônomas?

De Administrador SH
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Estudo do Sebrae mostra os motivos desse incremento passada a pandemia

Os tradicionais mercadinhos de bairro ganharam mais importância na vida dos brasileiros e um maior espaço na economia nos últimos anos. Segundo um levantamento feito pelo Sebrae, o número de novos empreendimentos no comércio varejista em bairros cresceu 12% entre 2020 e 2021, com predominância daqueles que vendem produtos alimentícios, como minimercados, mercearias e armazéns.

“Ressalto, principalmente, o papel das compras menores, aquelas semanais. O poder de compra do brasileiro vem diminuindo e não há mais espaço para a compra mensal. Com a alta dos preços dos alimentos e do combustível, o cliente se desloca, no máximo, para um mercadinho do próprio bairro, onde adquire o necessário”, explica Vicente Scalia, analista da Unidade de Competitividade do Sebrae.

Fundado há 27 anos no município de Eldorado do Sul (RS), o Codebal Supermercados investiu em melhorias para oferecer experiência e um atendimento diferenciado aos clientes.

Com seis filiais e mais de 200 colaboradores, a sua unidade-conceito, o Codebal Center, representa 20% do negócio. Entre os diferenciais, a unidade oferece puxador de carrinho mais confortável, padaria com pães de fermentação natural, orgânicos, produtos a granel e até uma estação de produtos e bebidas naturais que oferece Kombucha (bebida fermentada feita a partir do chá preto adoçado) feita na hora.

A pesquisa do Sebrae aponta ainda que o destaque entre as novas empresas abertas ficou para os Microempreendedores Individuais (MEI), que passaram de 38 mil novos empreendimentos formalizados em 2018 para 56.371, em 2021. No mesmo período, 40 mil empresas fecharam as portas em 2018, contra 17.676, em 2021.

Mercados autônomos

As restrições impostas pela pandemia impulsionaram a transformação digital. Uma inovação que ganhou força foram os minimercados de condomínio, que permitem compras rápidas sem a necessidade do atendimento de um funcionário, com o pagamento via caixa eletrônico ou por meio de aplicativo.

Criada em 2020, em Balneário Camboriú (SC), a startup Minha Quitandinha já inaugurou 20 lojas de janeiro a março, somando 89 unidades em todo o País. A expectativa é abrir mais 20 unidades nos próximos dias e alcançar 150 minimercados neste ano, com um faturamento da rede de R$ 10,5 milhões.

“Nosso modelo de negócio foi feito para garantir praticidade, economia de tempo e segurança. Cuidamos para que a tecnologia envolvida seja simples e todos consigam usar a loja tranquilamente, não importa o perfil”, afirma Douglas Pena, CRO da Minha Quitandinha.

Com mais de 700 SKUs a depender do tamanho da loja, os minimercados da Minha Quitandinha trabalham com um mix que vai desde congelados a itens de limpeza e higiene pessoal. “Esse mix é desenhado e alterado constantemente de acordo com o comportamento dos clientes de cada loja por meio de análise de dados. Conseguimos atender todas as necessidades que um supermercado de bairro atende e muito mais do que somente uma loja de conveniência ou uma vending machine”, explica Pena.

O executivo destaca que, além de oferecer itens essenciais que facilitam a rotina do consumidor, a rede busca trabalhar com preços atrativos, apesar da comodidade de ter uma loja a poucos passos da sua porta.

Além de condomínios, a rede inaugurou um mercado autônomo destinado ao público em geral no estacionamento do Barra Norte Hotel, em Balneário Camboriú (SC). A loja conta com uma variedade de 350 tipos de produtos, que vão desde bebidas a congelados, itens de higiene pessoal e limpeza, durante 24 horas nos sete dias da semana.

“Acreditamos que essa será uma oportunidade de aumentar a visibilidade tanto para esse novo modelo de varejo como para a empresa. Até o momento, tínhamos lojas apenas em ambientes controlados. Será um grande aprendizado esse molde para, quem sabe, contribuir futuramente com a expansão dessa tendência para outras frentes varejistas”, diz Pena.

A Market4u é outro exemplo de empresa atua com mercados autônomos. Presente em mais de 100 municípios, a rede cresceu 100% em 2021 e atingiu a marca de 2.000 unidades, entre próprias e franqueadas.

Para 2022, o objetivo da Market4u é encerrar o ano com 10 mil unidades pelo País, o que resultaria em um crescimento de 500%. Para atingir essa meta, a companhia pretende contratar 200 novos funcionários, com prioridade para a área de tecnologia.

Outro exemplo é a Smart Break, que já tem mais de 300 lojas na Grande São Paulo e na capital paulista. A empresa começou a atuar em 2018 dentro de empresas e inaugurou o primeiro micromercado autônomo em condomínio em 2019.

Atualmente com atuação em condomínios residenciais e empresariais, incluindo hotéis e academias, a startup viu seu faturamento crescer mais de 600% no último ano ante 2020 – mas os modelos de bairro, situados em condomínios, representam 80% do faturamento total.

Não são só as startups que investem nesse segmento. O Carrefour tem acelerado a abertura de lojas autônomas em condomínios residenciais em relação à expansão dos pontos convencionais com a bandeira Express.

Embora não revele valores ou número de lojas que serão abertas, a companhia informou que o investimento nesse modelo será maior do que o de loja de conveniência.

Fonte: Larissa Féria, Mercado & Consumo

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