Os consultores são unânimes em dizer que para prevenir perdas é fundamental que o varejista atue firmemente com o tripé gestão de pessoas, bons processos e investimentos em tecnologia. O Vovó Zuzu Supermercado e a rede Santa Fé, ambas bandeiras do mesmo grupo, entenderam bem o recado. E com as três frentes integradas, conseguiu reduzir as perdas de 4% para 2%, índice abaixo dos 2,5% registrado na categoria Supermercado Convencional pela 7ª Pesquisa de Perdas no Varejo Brasileiro elaborado pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe). Se considerado os 3,31% da categoria de Supermercado de Vizinhança, a redução é ainda mais significativa.
O Vovó Zuzu tem uma única loja na região central de São Paulo, bem no ponto efervescente da rua 25 de Março e o Mercadão Municipal. O Santa Fé, por sua vez, conta com unidades nas regiões do Campo Limpo, Taboão e Vila Zat, além de uma operação na cidade de Campo Limpo Paulista. As perdas foram reduzidas a partir de um projeto piloto no Vovó Zuzu e no Santa Fé de Campo Limpo Paulista, com resultados positivos a partir da implantação da tecnologia EAS da Sesami (www.sesami.io), empresa que é referência em soluções efetivas e inovadoras para segurança, produtividade e gestão nos segmentos de varejo, bancos e gestão de numerário, disponibiliza uma solução inovadora.
Com a tecnologia EAS, que inclui principalmente as antenas e etiquetas antifurto, além dos protetores aranha para garrafas, vieram também os investimentos nas pessoas e na melhoria dos processos, como a adoção do inventário rotativo. “O grande desafio é mudar o mindset dos colaboradores do que é realmente prevenção de perdas. Elas eram lançadas em um único pacote, sem distinção se originárias de furtos, avarias, vencimento da validade etc.”, argumenta o diretor da rede, Mário Ivo. “Para a empresa tudo é muito novo, mas os resultados já mostram uma grande evolução”, completa.
Menos registro de furtos e mais controle – Com a tecnologia EAS os furtos diminuíram em mais de 60%, índice que pode cair ainda mais com a ampliação do parque de CFTV e a implementação de uma equipe dedicada de monitoramento em toda a rede (hoje há monitoramento full time apenas no Vovó Zuzu). “O processo na empresa era muito reativo, mas com o EAS, que pretendemos adotar em todas as lojas, já inibimos grandemente a ação dos furtantes e tornamos as abordagens mais assertivas. A tecnologia nos auxilia demais nas operações, simplificando as ações e otimizando tempo para a tomada de decisões”, diz Mário Ivo.
Com a tecnologia e a melhoria dos processos, as empresas já sentem no bolso os benefícios de atuar preventivamente na prevenção de perdas. “O processo todo pode ser ‘chato’, mas quando a área começa a apresentar indicadores, como ter registro de quebra, controle, inventário rotativo, passamos a ter melhor acurácia de estoque. Com isso temos como preparar o melhor plano de ação, olhar mais nos detalhes”, explica o diretor.
Mário Ivo lembra que a companhia passou a adotar o processo de 100% de conferência no recebimento de mercadorias. “O bom resultado começa já no recebimento. Se não olho, não confiro a quantidade e a qualidade dos produtos. E se não vejo realmente o que recebi, automaticamente não terei um bom controle de inventário. Trocando em miúdos, toda a cadeia será prejudicada”, compara. “Hoje, depois de toda a conferência, os produtos de alto risco vão para confinamento, avaliamos aqueles que necessitam de etiqueta rígida, e adotamos os protetores aranha para vinhos e uísques”, discursa.