Reajustes e benefícios são vistos como ferramentas para diminuir turnover e manter cultura dos negócios
Por Renato Müller
Não é exatamente uma novidade que as pessoas são estimuladas pelas recompensas que recebem, mas de vez em quando fica clara a batalha do varejo para conseguir remunerar adequadamente seus colaboradores. No Reino Unido, diversas empresas estão ampliando salários e benefícios como forma de reter suas equipes em um ambiente desafiador.
A rede de supermercados Co-op, que atua no sistema de cooperativas, por exemplo, aumentou o salário dos times de loja em 10,1%, para um mínimo de £12 por hora, em linha com o Real Living Wage, uma espécie de salário-base informal do país.
“Com a medida, mostramos que valorizamos o trabalho de nossas equipes. Ao estarmos alinhados ao Real Living Wage, continuamos sendo uma das empresas que mais paga os colaboradores”, afirma Matt Hood, diretor de marketing da varejista.
Entre os benefícios, a empresa oferece par os funcionários um desconto de 30% em produtos de marca própria (que já são mais em conta que marcas líderes) e oferece folgas remuneradas.
Já a líder Tesco fechou um acordo com o sindicato USDAW para aumentar o salário-base dos colaboradores de £11,02 para £12,02, ligeiramente acima do Real Living Wage. A empresa diz ser uma das únicas a reconhecer um sindicato independente e negociar com eles o salário por hora dos colaboradores em todo o Reino Unido. O aumento de 9,1% representa uma despesa extra de £300 milhões em salários.
Os colaboradores da Tesco têm à disposição o Colleague Clubcard, uma versão especial do programa de fidelidade da rede, com até 15% de desconto nas compras, alimentação gratuita no refeitório e um sistema de adiantamento de salários.