Varejo pode ter papel importante na transformação da cadeia de alimentação, mas envolvimento precisa começar pelo alto escalão das empresas
As ações das empresas rumo a um futuro mais sustentável têm aumentado sua visibilidade e valor econômico. Colocar em prática todo o potencial é complicado, porém: com mais de 500 milhões de pessoas envolvidas em toda a cadeia, o setor de alimentação responde por 34% das emissões globais de gases de efeito estufa.
“Acredito que os supermercados estão em uma posição única para serem uma força de mudança em direção à sustentabilidade dos negócios”, afirma o relatório The State of Grocery Retail Europe 2022, publicado pela McKinsey. Segundo o estudo, este é um “momento da verdade” que exige que os líderes das redes supermercadistas coloquem a sustentabilidade como uma prioridade estratégica.
Uma prioridade que não tem relação somente com criar um mundo melhor, mas também tem um impacto econômico positivo: o estudo afirma que, embora apresente potenciais riscos, os benefícios de adotar medidas sustentáveis podem trazer um aumento de 25% a 30% nos lucros das redes supermercadistas ao longo desta década.
O maior problema, porém, é como dar foco à sustentabilidade quando os esforços rumo à digitalização são vistos como ainda mais urgentes. Para a McKinsey, é preciso ter uma estratégia, encampada pela alta direção da empresa, com base em três aspectos: definir 5 temas-chave de sustentabilidade que tenham impacto em todo o negócio; determinar alavancas que possam ser usadas para aumentar a eficiência, o crescimento e as margens, ao mesmo tempo em que diminuem potenciais problemas; e criar um modelo operacional que permita que os supermercados façam uma transformação rumo à sustentabilidade do negócio.