Executivos discutem o tema, mas limitações tecnológicas e de orçamento atrasam uso da Inteligência Artificial
O uso do ChatGPT vem ganhando força em toda parte – varejo incluído. No mínimo, por uma questão de curiosidade em relação ao potencial e às qualidades da ferramenta em diversas atividades, como o desenvolvimento de peças publicitárias ou em chatbots que conversem melhor com os clientes.
Dados da Incisiv e Wynshop mostram que, no varejo americano, 83% dos executivos de nível sênior de supermercados discutiram o assunto em reuniões no mês de maio – em fevereiro, esse índice era de 67%.
Entre discutir o assunto e efetivamente implementar soluções, porém, há uma distância considerável. Embora 82% dos varejistas entrevistados no estudo “State of Digital Grocery Performance Scorecard” tenham dito que o uso da Inteligência Artificial é essencial para que as empresas continuem a ser competitivas no futuro, apenas 74% estão incluindo recursos baseados em IA nas RFPs que colocam no mercado.
Os problemas aumentam quando 71% dos executivos de varejo afirmam que conseguir espaço no orçamento para ferramentas de IA é uma dificuldade, 69% apontam a questão de comprovar o desempenho da tecnologia e 63% têm limitações na infraestrutura.
O sinal é claro. “IA está claramente no foco dos executivos de supermercados, mas existe muita cautela em relação à adoção da tecnologia”, afirma Charlie Kaplan, Chief Revenue Officer da Wynshop. “O grande desafio está no fato de que os varejistas precisam contar com uma infraestrutura tecnológica confiável e prova de performance antes de comprometer uma parte de seus orçamentos limitados em IA”, acrescenta.