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Semana da Mulher: conheça a trajetória de duas mulheres empreendedoras

Investidoras do setor de minimercados, elas compartilham suas visões sobre a área e revelam os segredos por trás de seu sucesso

De Edevaldo Figueiredo
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A semana da mulher é um período de celebração e reflexão sobre o papel fundamental que as mulheres desempenham na sociedade. Durante essa semana, que culmina no Dia Internacional da Mulher em 8 de março, diversas atividades e eventos são organizados para destacar as conquistas e os desafios enfrentados pelas mulheres ao longo da história. Essas comemorações servem como um lembrete importante da luta contínua pela igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres em todas as esferas da vida, seja no trabalho, na política ou na família.

Esse período também é um momento para homenagear as mulheres que fizeram e continuam a fazer a diferença em suas comunidades e no mundo. Mulheres líderes, ativistas, artistas e cientistas são celebradas por suas contribuições inovadoras e inspiradoras. Além disso, a semana é uma oportunidade para promover debates sobre temas como empoderamento feminino, saúde reprodutiva e violência de gênero, buscando fortalecer a solidariedade e o apoio entre as pessoas para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ao refletir sobre o passado e olhar para o futuro, a semana da mulher nos inspira a trabalhar em prol de um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade e respeito.

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Portanto, para homenagear todas as mulheres, especialmente, as empreendedoras do varejo alimentar, a SuperHiper traz um pouco da trajetória de Marcia Guimarães e Maria Luiza Tomazi. Empreendedoras, elas atuam com minimercado de condomínio, ambas licenciadas da SmartStore.

Marcia Guimarães

Em um mundo onde a rotina se torna cada vez mais agitada, os minimercados se destacam como uma solução prática e conveniente para o dia a dia. Marcia Guimarães, empreendedora no ramo, compartilha sua visão sobre o setor e revela os segredos por trás de seu sucesso.

A ideia de investir em um minimercado surgiu da vontade de Marcia em conciliar diferentes atividades e trabalhos em sua vida. A flexibilidade do negócio permitiu que ela equilibrasse suas responsabilidades, sem abrir mão de seus objetivos profissionais.

Para Marcia, entender as necessidades e preferências dos clientes é fundamental para o sucesso do minimercado. Ela observa que a praticidade é um dos principais fatores que motivam as pessoas a escolherem esse tipo de estabelecimento. “Hoje, onde a rotina da maioria das mulheres é longa, a praticidade é a palavra que mais buscamos para conseguir administrar a rotina. Então, trazer produtos práticos, necessários e que normalmente fazem parte do nosso dia a dia é essencial”, afirma.

Marcia Guimarães. Foto: Arquivo Pessoal

Marcia acredita que o futuro dos minimercados é promissor, impulsionado pela busca por tempo, comodidade e segurança. “Vejo que será cada vez mais necessário, e promissor. Pois as pessoas priorizam muito o tempo, a comodidade, a segurança”, comenta.

Com planos ambiciosos para o futuro, Marcia almeja expandir seus negócios e diversificar suas atividades. “Quero ter mais mercados e, junto a eles, administrar outras coisas paralelas”, revela.

A história de Marcia Guimarães é inspiradora e mostra como a visão empreendedora, aliada à atenção às necessidades dos clientes, pode levar ao sucesso no promissor mercado de minimercados.

Maria Luiza Tomazi

Já conhecedora do setor, Maria Luiza Tomazi atuou inicialmente vendendo licenças para minimercados e assim, foi observando o sucesso dos seus clientes, o que lhe motivou ainda mais a investir no seu próprio negócio. “Na época, eu buscava algo que pudesse conciliar com meu trabalho e que me desse mais liberdade. O modelo de minimercado autônomo me chamou atenção porque não exigia funcionários, o investimento inicial era acessível e o retorno era rápido. Além disso, a operação era prática, exigindo reposição, em média, três vezes por semana”, comenta.

Outro ponto que pesou na decisão da Maria Luiza, foi a autonomia que esse tipo de negócio consegue oferecer. “Eu consigo definir os produtos, ajustar os preços e traçar minha própria estratégia de operação. Como eu já conhecia bem o mercado e sabia do potencial, vi que essa era a oportunidade perfeita para investir e crescer junto”, declara Tomazi.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Maria Luiza Tomazi.

Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao iniciar seu negócio?
Um dos maiores desafios que enfrentei no início foi conseguir a aprovação do condomínio, que não foi um processo simples. Além disso, eu não tinha todos os recursos necessários para investir, então precisei me dedicar ao máximo para viabilizar o negócio. Tive que ter muita fé, trabalhar madrugadas pensando em estratégias e me esforçar bastante para conseguir entregar o ponto dentro do prazo. Depois de assinar o contrato, o tempo para a inauguração era, em média, 40 dias, o que tornou tudo ainda mais desafiador.

Na época, minha mãe não estava por perto, pois estava cuidando do meu avô, e meu pai também não, já que mora em outra cidade. Então, tive muito apoio de uma amiga, que é como uma irmã para mim, e de muitas outras pessoas que estiveram ao meu lado nesse processo. O suporte de cada um fez toda a diferença para que eu conseguisse tornar esse sonho realidade.

Como você identifica as necessidades e preferências dos seus clientes?
No início, começamos com um mix de produtos e um modelo de loja padrão, mas, com o tempo e a maturação do negócio, fomos ajustando de acordo com a experiência e as sugestões dos moradores. Recebemos muitas ideias novas e, além disso, passamos a estudar melhor o plano de marketing e as ações dentro da loja.

Quais diferenciais você implementou em seu minimercado para se destacar da concorrência?
Também investimos em eventos em datas comemorativas no condomínio, sempre com autorização da síndica. Esses eventos são patrocinados por mim e incluem brinquedos para as crianças, pipoca, chope e outras atrações para tornar a experiência mais especial. Além disso, convido os moradores a descerem e participarem, dando a eles a oportunidade de vender o que gostariam. Isso ajudou a fortalecer o relacionamento com a comunidade e, ao mesmo tempo, nos permitiu entender melhor as preferências dos moradores, ajustando o mix de produtos de forma mais personalizada para atender às necessidades do condomínio.

Maria Luiza Tomazi. Foto: Arquivo Pessoal

Como você lida com a gestão de fornecedores e o controle de estoque?
Eu tenho fornecedores para diversos produtos, como salgadinhos, sorvetes e congelados. Recentemente, também conseguimos fornecedores para a entrega de bebidas. Em relação à gestão de estoque, a reposição é feita em média duas ou três vezes por semana, sempre com um acompanhamento detalhado pelo sistema. Isso nos permite verificar se há algum produto que podemos adicionar, sem deixar o estoque chegar ao limite ou zerar, o que dificultaria a reposição.

De que forma você utiliza as redes sociais e o marketing digital para promover seu negócio?
A rede social é uma ferramenta essencial para nossas ações de marketing. Usamos para divulgar propagandas, promoções e também para postar sobre os eventos que realizamos, reforçando a nossa marca e o trabalho que fazemos. Além disso, é um canal importante para receber sugestões dos moradores sobre novos produtos, responder a dúvidas que eles possam ter e também para informar sobre formas de pagamento, como o cartão para compras de bebidas alcoólicas.

Qual é a sua visão sobre a sustentabilidade no setor supermercadista?
Eu vejo a sustentabilidade como algo que a gente precisa começar a se preocupar mais, ainda mais no setor supermercadista. Para mim, pequenas atitudes, como evitar o desperdício de alimentos, usar embalagens mais sustentáveis e até mesmo incentivar os moradores a se preocuparem com o que estão comprando, fazem toda a diferença. Não precisa ser nada grandioso, mas um cuidado diário pode contribuir bastante para um futuro mais consciente.

Que conselhos você daria para outras jovens que desejam empreender no mesmo setor?
Para as jovens que têm medo de começar, eu diria: comece! Eu sei que é difícil, já passei por isso também. Quando a gente sente aquele receio, é porque o nosso coração está pedindo por algo maior. Eu mesma precisei ter coragem, porque, se eu não tivesse dado o primeiro passo, ninguém ia fazer por mim. Foi preciso acreditar em mim mesma, confiar que, apesar das dificuldades, a determinação e a fé me ajudariam a vencer. E uma coisa muito importante é escolher uma empresa consolidada no mercado, com nome, referência e constância, assim como eu fiz. Isso ajuda a fortalecer a caminhada, traz segurança e abre portas. O começo pode ser difícil, muitas vezes quase desistimos, mas é nele que está a chave para o sucesso! Se isso realmente toca no coração de vocês, então é só dar o primeiro passo, porque as oportunidades vão começar a aparecer.

Como você vê o futuro dos minimercados?
Eu vejo um futuro muito promissor para os minimercados autônomos. Ainda tem muito espaço para crescer, e é um modelo que traz bastante segurança, já que funciona 24 horas, sem precisar de funcionários. Quem investe pode ter quantas lojas quiser, de acordo com o que estiver disposto a trabalhar.

Mas é importante entender que não é só abrir e deixar lá. Precisa repor os produtos, manter a loja organizada, pensar em variedade, preço justo e sempre buscar novas ideias. Dá para criar ações para engajar os moradores, como sorteios, eventos em datas comemorativas e promoções, sempre com autorização dos síndicos. Isso faz diferença, porque o cliente precisa ver valor na loja para continuar comprando.

No começo, pode até ser uma renda extra, mas, se for bem administrado, dá para transformar no principal negócio. O segredo é cuidar bem e estar sempre atento às oportunidades!

Quais são suas metas pessoais e profissionais para os próximos anos?
Nos próximos anos, quero casar-me, ter minha família e poder dar o melhor para os meus pais, retribuindo tudo que fizeram por mim. Também sonho em viajar, conhecer novos lugares e culturas. Além disso, tenho um desejo muito forte no coração de me envolver mais em ações sociais e missões, ajudando de alguma forma quem precisa. Já no lado profissional, quero continuar aprendendo e me desenvolvendo. Busco crescer nas áreas em que já atuo, explorando novas oportunidades e adquirindo mais conhecimento. Ainda não tenho um plano fechado para o futuro, mas quero continuar me desafiando, criando experiências e sempre buscando o melhor caminho para mim. Talvez expandindo meus negócios, abrindo mais lojas e consolidando minha atuação no setor, sempre com dedicação e estratégia. Quero muito crescer em todas as áreas da minha vida, sempre buscando equilíbrio entre trabalho, fé e propósito.

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