Por Renato Müller
O avanço dos furtos, roubos e ações violentas nos supermercados se tornou endêmico no varejo americano e agora vem crescendo também do outro lado do Oceano Atlântico. A rede britânica de supermercados Sainsbury’s começou a testar o uso da tecnologia de reconhecimento facial para identificar pessoas que tenham tido comportamento violento ou cometido delitos nas lojas – e reforçar a vigilância nos pontos de venda.
Em uma primeira fase, o projeto piloto acontecerá durante oito semanas em duas lojas da rede – um hipermercado em Sydenham, nos arredores de Londres; e uma loja de vizinhança em Bath. Se os resultados forem bons e a aceitação da tecnologia pelos consumidores for positiva, o projeto poderá ganhar escala nacional.
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O uso de reconhecimento facial no combate à criminalidade vem gerando polêmica no varejo britânico. A rede Asda, por exemplo, realizou no início do ano um teste com o uso da tecnologia em 5 supermercados na região de Manchester – a ação de uma ONG focada na proteção à privacidade dos consumidores levou a mais de 5 mil reclamações contra o teste em um mês.
Procurando evitar uma reação negativa da sociedade, a Sainsbury’s, com mais de 1.400 pontos de venda no Reino Unido, tem afirmado que a tecnologia de reconhecimento facial não tem a função de supervisionar os colaboradores ou clientes e que os registros são eliminados quando o software não reconhece uma pessoa como suspeita.