Desde que passou a ter, literalmente na palma da mão, acesso em tempo real às informações sobre os veículos do setor que administra, o gerente de transporte do Festval, Júlio Martins Júnior, hoje consegue tomar decisões mais assertivas, como ele próprio define. “A confiabilidade dos dados é a chave do sucesso”, afirma, referindo-se à diminuição de custos e ao aumento da produtividade alcançados. Isso refletiu em uma maior eficiência e produtividade para a rede Festval, uma das mais importantes do Paraná..
O caso do Festval é um dos tantos que mostram como a incorporação de soluções tecnológicas especializadas em gestão de frota tem se tornado indispensável. Sabe aquela distinção entre itens obrigatórios e opcionais de um veículo? Pois os recursos tecnológicos para acompanhar, monitorar, mensurar e analisar dados como consumo de combustível, desgaste de pneus e otimização de rotas estão na lista dos itens indispensáveis.
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Tanto é assim que uma pesquisa em escala global, a “Mercado de Soluções de Gerenciamento de Frota”, realizada pela Mordor Intelligence, aponta que em todo o mundo o gerenciamento de frota vai demandar recursos anuais que chegarão, em 2028, a US$ 52,4 bilhões. Outro dado, da Associação Brasileira da Infraestrutura de Base (Adib): o setor privado de transporte e logística no Brasil somará investimentos de R$ 100 bilhões em até três anos próximos.
Ou seja, diante de cifras bilionárias, não há mais espaço para formas rudimentares de gestão na área. É o que adverte o especialista Elcio Rosa, diretor de Produtos e Tecnologia da Gestran, plataforma de gestão de frotas. Com mais quase 20 anos de experiência no mercado de transporte e logística, para ele não é mais concebível gerenciar uma frota na base de pranchetas ou, quando muito, planilhas de Excel.
“O cenário é promissor para a gestão de frotas e para o gestor, para o profissional responsável pela área, na medida em que as soluções tecnológicas estão se difundindo, sendo aprimoradas e evoluindo”, afirma. Além da robotização, algoritmos e machine learning (aprendizado da máquina), a inteligência artificial está sendo incorporada de vez. “A transformação digital é uma necessidade que se impõe aos frotistas”.
A Gestran é desenvolvedora de um software SaaS (software como serviço) que registra, acompanha e analisa informações sobre gasto com combustível, consumo de pneus, procedimentos de manutenção, checklist dos veículos, ordens de serviços e visibilidade completa (monitoramento) de dados e desempenhos. Atende frotistas do próprio setor de transportes, e ainda empresas do agronegócio, indústria e varejo – entre elas, a rede Festval, citada no início deste texto.
“Antes da solução da Gestran”, explica o diretor de transporte do Festval, “não havia, por exemplo, um histórico de manutenção de cada veículo. Agora, não. Temos o controle dos pneus, desde o início de sua vida útil até seu esgotamento, com dados e informações que nos permitem analisar por que tal vida útil é longa ou curta. Também o controle do consumo de combustíveis. Com tudo isso, conseguimos reduzir custos e aumentar a produtividade”.
Na prática, cada veículo tem seu controle de gastos. Além disso, a solução conta com módulos de backoffice, com controle e planejamento financeiro, e de automação de processos de lançamento de notas fiscais eletrônicas, e de gestão integrada de cargas.
O próximo passo, já em construção, é o desenvolvimento e incorporação de inteligência artificial às soluções da Gestran. O projeto, pontua Elcio Rosa, consiste em criar um assistente virtual em IA, para o gestor de frota, fornecendo a esses profissionais insights que agilizem e tornem ainda mais assertivas as decisões a serem tomadas. “Vamos ampliar as funcionalidades de nossa plataforma”, afirma.