Em projeto piloto, Albert Heijn mostra preços de cafés em duas versões: o valor normal e outro que contabiliza a pegada socioambiental
A Albert Heijn, maior rede de supermercados da Holanda, desenvolveu um projeto piloto em que contabiliza a pegada de carbono dos cafés vendidos em três lojas – e dá aos clientes a possibilidade de pagar um preço adicional para anular o impacto na natureza.
Em operação nas unidades da rede de conveniência “AH to Go” em Groningen, Wageningen e Zaandam, o sistema funciona da seguinte forma: quando o cliente compra um copo de café nas máquinas das lojas, são mostrados dois preços. Um é o preço normal, praticado normalmente no varejo. O outro é o “preço real”, que leva em consideração a pegada de carbono, o uso de água, o consumo de recursos naturais e outros itens ambientais relacionados à produção de café e leite.
A diferença acaba sendo pequena. O preço normal de um espresso duplo é de 2,25 euros, enquanto o “preço real” é de 2,33 euros. Curiosamente, os produtos feitos com leite de aveia têm um “preço real” inferior aos itens com leite de vaca, devido ao seu menor impacto ambiental – mas o preço normal dos itens feitos de leite vegetal é mais alto que a versão com leite animal.
O projeto piloto foi desenvolvido pela Albert Heijn em parceria com a ONG True Price, visando promover escolhas sustentáveis a partir da divulgação dos custos sociais e ecológicos ao longo das cadeias de suprimentos. Segundo a varejista, toda receita extra gerada pelo projeto será destinada a projetos da Rainforest Alliance, organização que desenvolve projetos de comércio justo ao redor do mundo.