A produção de queijos por indústrias com Selo de Inspeção Federal (SIF) no País, em 2023, superou 1 milhão e trezentas toneladas. O consumo, no ano passado, cresceu 8% até outubro, demonstrando que o item, em suas variadas formas, é um alimento apreciado pelos brasileiros. Atualmente, ele está presente em 90% dos lares. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq). A associação celebra nesta segunda, 20 de janeiro, o Dia Mundial do Queijo.
A nossa produção é bastante diversificada. Segundo a Abiq, produzimos queijos variados. De tradição europeia, temos opções, como: gouda, brie gorgonzola e parmesão. De origem estadunidense, há versões, como: cottage e cream cheese. Sem falar mas criações brasileiras, como o Minas frescas, o queijo de coalho, o minas padrão e o queijo Reino. Destaque também para o crescimento das premiações internacionais envolvendo queijos nacionais.
Porém, quando comparado a outros países, o consumo nacional per capita (6 quilos por habitante/ ano) ainda é baixo. Para ter uma ideia, na França, que é líder mundial na ingestão de queijo, são consumidos 26,3 quilos por habitante/ano. Isso significa oportunidades para a indústria e o varejo.
Em relação ao perfil de comprador, os “heavy buyers” (consumidores assíduos) são compostos por pessoas das classes D e E, com mais de 50 anos. Eles fazem suas compras no varejo tradicional e são residentes de regiões metropolitanas do Sul – Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) – e de São Paulo. Os dados são da Kantar.
Entre os fatores que represam o consumo estão o preço final e a “rivalidade” com outros frios, entre eles o presunto. Além disso, nos últimos anos, tem ocorrido um crescimento no número de consumidores que não consomem produtos de origem animal, os veganos.
Diante disso, versões à base de plantas já podem ser vistas nas gôndolas. Em 2023, pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical divulgaram o estudo “Tecnologia de análogo de queijo de coco-babaçu: desenvolvimento, caracterização e aceitação”. O objetivo é analisar características físico-químicas, microbiológicas e de aceitação do análogo de queijo produzido a partir da amêndoa de coco babaçu. Paralelamente, outro mercado em desenvolvimento é de versões de queijo e derivados, sem lactose.