Por Renato Müller
Um estudo realizado pela Toluna Harris para o portal britânico de varejo The Grocer mostra que, dos mais de mil consumidores entrevistados, 37% afirmaram já ter levado para casa um produto que não escanearam no self-checkout dos supermercados.
Nem sempre a ação foi propositalmente criminosa: 38% dos consumidores disseram que deixaram de escanear algum item por engano, enquanto 32,5% afirmaram ter pesado produtos de forma equivocada (enganando a balança ou digitando um código de outro produto).
“Fomos surpreendidos pelos resultados”, admite Lucia Juliano, head de pesquisas da Harris Interactive no Reino Unido. “Entre erros do usuário, do sistema, problemas com código de barras ou simples pressa, as perdas são significativas”, acrescenta.
O estudo também mostra que os consumidores preferem usar terminais de autoatendimento do que caixas tradicionais (54,2% a 29,8%). “Em pouco tempo, a opção pelo self-checkout foi do zero para o padrão aceito pelos clientes, e hoje é a preferência de muitos deles”, diz Lucia.
Evidentemente, nem toda jornada de compras funciona bem no autoatendimento, o que se reflete no fato de que quase 80% dos consumidores usam o sistema em compras pontuais de supermercado, contra pouco mais de 30% que usam em compras de reposição.
A velocidade e autonomia trazidas pelo self -heckout são as características preferidas pelos clientes (citadas por 56,2% e 52% dos entrevistados, respectivamente). A preferência pela tecnologia, sem surpresas, está concentrada na população abaixo de 35 anos: quase 70% dos entrevistados usam self-checkout.