João Galassi discute o tema e apresenta pontos importantes para o setor varejista
No dia 23 de novembro (quinta-feira) aconteceu a Audiência Pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, cujo tema foi “Mercado de carbono como política pública de desenvolvimento sustentável”, comandada pela deputada Antônia Lúcia (Republicanos – AC). A ocasião contou com a presença do presidente da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Galassi, que apresentou a todos as iniciativas que a ABRAS tem trabalhado para a conscientização do setor em relação à agenda ESG e os gases do efeito estufa que, no segmento, são tem grande influência dos sistemas de refrigeração das lojas.
O encontro teve como objetivo discutir como o Mercado de Carbono Brasileiro, enquanto política pública para descarbonização, terá impactos no governo brasileiro, indústria, empresas e todo mercado. O presidente apresentou o “Guia ESG do Supermercadista Brasileiro“, material desenvolvido pela ABRAS, após um estudo, que aponta ao setor medidas ecologicamente sustentáveis e corretas para serem implementadas no negócio e avançar no tema.
“Nosso primeiro guia para o setor dos supermercados avançar na agenda ESG. Dentro do estudo trabalhamos sobre a potencial emissão de gases de efeito estufa pelos sistemas de refrigeração, energia e transporte. Para isso, apresentamos ao setor as possibilidades para ele mitigar e evoluir nessas questões”, explicou Galassi. Ainda, ele comentou sobre o Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG, espaço de debate sobre a agenda ESG no ramo.
O presidente enfatizou o apoio à causa, mas fez ressalvas, questionando quais seriam as unidades reguladas para o controle de emissão de carbono? Será por CNPJ, matriz, grupo, ou unidade produtiva? Será iniciado uma nova regulação de mercado sem um histórico e sem uma linha de base? Como avaliar o impacto em toda a cadeia? – perguntas que ainda não se tem respostas, mas que são essenciais para discussão.
Um exemplo evidenciado por Galassi é em relação ao investimento feito para adaptar todo o mercado às novas regras relacionadas a agenda ambiental. “Esse movimento (de mudança dos gases refrigerantes para proteção da camada de ozônio) exigiu do setor investimento que hoje se provam ser transitórios, pois as tecnologias indicadas na época precisam ser substituídas hoje, devido ao impacto do clima, exigindo novos investimentos. (…) Tudo isso acabou no bolso do consumidor, é ele quem está pagando essa conta.” Por isso, “esperamos um debate mais amplo, com definições claras e baseadas na ciência, que não segreguem setores, ou criem exceções que só levem a distorções e desequilíbrios sobre uma responsabilidade que é de todos nós”, finaliza João, destacando ainda o apoio da UNECS e da ABRAS em relação às políticas e ações práticas para combate às mudanças climáticas.