Alternativa ao boleto bancário, nova modalidade do Pix substitui o código de barras por QR Code e permite cobranças para pagamento futuro
O Pix Cobrança, alternativa ao boleto bancário, começou a dar os primeiros passos no País. A possibilidade de o Pix contar com uma opção de pagamentos futuros era vislumbrada desde que o sistema foi criado e essa nova modalidade abre as portas para esse tipo de operação. O serviço funciona como uma espécie de boleto bancário, só que baseado em QR Code no lugar do tradicional código de barras. A liberação deste serviço aconteceu no dia 14 de maio.
Até agora, o Pix permitia apenas que QR Codes fossem gerados para pagamento imediato — para compras em uma farmácia, por exemplo. Com o Pix Cobrança, o pagamento pode ser realizado em uma data futura, ou seja, a operação passa a ter data de vencimento ou pode ser agendada.
Empresas podem emitir o Pix Cobrança como fatura de contas ou para compras em estabelecimentos comerciais. Neste último caso, a modalidade pode ser útil para uma loja que vende a prazo, por exemplo: em vez do cartão de crédito, o cliente pode receber um Pix Cobrança para efetuar o pagamento até determinada data. Além do valor a ser cobrado, o Pix Cobrança permite inserção de informações como juros, multa por atraso e descontos para pagamento antecipado.
Com isso, a modalidade passa, de fato, a ser uma alternativa ao boleto bancário, só que mais prática: o boleto pode levar até três dias úteis para ser compensado; no Pix, esse procedimento é praticamente instantâneo.
Mas atenção: por estar numa fase de transição, até 30 de junho de 2021, as instituições participantes do Pix são obrigadas apenas a possibilitar leitura de QR Code para pagamento na mesma data. As empresas que aderirem ao Pix Cobrança só serão condicionadas a oferecer pagamento com data futura, ou seja, a permitir que o pagamento seja agendado, a partir de 1º de julho.
O Banco Central garantiu esse tempo para que as instituições possam ter tempo para adequar os seus sistemas a todas as nuances do Pix Cobrança.
O Pix, que acaba de completar 6 meses de operação, registra uma alta adesão e os dados mais recentes do Banco Central dão conta de 1 trilhão de transações no período, movimentando R$ 951 trilhões.
Até o mês passado, o sistema de pagamentos instantâneo tinha 82 milhões de pessoas físicas e 5,4 milhões de pessoas jurídicas cadastradas. Entre as pessoas físicas, 73% dos cadastrados usaram o Pix pelo menos uma vez. Entre as pessoas jurídicas, a adesão chegou a 85%.
Com informações da Agência Brasil e Tecnoblog