Após 120 anos de existência deixa de existir esse que era considerado o supermercado mais lindo do mundo. Também foi vitima da covid 19 junto com uma complicada disputa legal sobre a venda do palácio. Sim, o imóvel era um antigo palácio repleto de obras na cidade de Moscou.
Eliseyevskiy ou Yeliseyevsky ou Eliseesvski era o nome dele.
Em 1901 esse lindo palácio no centro da cidade foi transformado em uma grande mercearia chamada Elisseeff ainda na Russia Imperial.
Em 1917 foi nacionalizado após a revolução comunista. Em 2005 já como supermercado e com o nome Eliseyevskiy passa a ser operado pela rede Alye Parusa. Era sofisticadíssimo, um supermercado gourmet muito acima da média, que servia a toda elite do país. Já não serve mais.
A loja Eliseevskiy
Era o local onde o público de alto poder aquisitivo sempre encontrava produtos locais de excelente qualidade e iguarias raras de serem achadas em outros pontos de Moscou, sobretudo na era soviética.
Visitar essa loja, nos últimos anos, significava adentrar um espaço que, para muitos, abrigava o supermercado mais bonito do mundo. Mais do que qualquer produto, o que atraía mais era o salão predominantemente dourado, com colunas de mármore, lustres de cristal e obras de arte nas paredes.
Vendia todo tipo de alimento. O balcão da rotisseria oferecia uma fartura de pratos prontos, preparados pelos seus chefes de cozinha, segundo as receitas europeias, asiáticas, do oriente próximo e claro, delicias da culinária russa.
Muitas pessoas iam ao “Eliseevsky” todos os dias, outras vinham em excursão. Todas tinham a certeza que o moderno “Eliseevsky” era o exemplo de comercialização russa de alimentos.
A rede que operava com problemas financeiros fechou todas as suas lojas, mantendo aberto apenas o Eliseiesvski. Muito frequentada por turistas, um público que a pandemia afastou, a loja vivia cenário de decadência nos últimos meses, com raros clientes e muita ruptura nas prateleiras.
Dias atrás, o endereço na rua Tverskaia fechou de vez as portas.
Ainda não se sabe o futuro do prédio, que a cidade de Moscou concordou em vender em 2015 para a rede Aliye Parusa, mas cujo acordo nunca foi finalizado.