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NRF 2025: vida longa à loja física

Pontos de venda têm um enorme potencial de encantamento dos clientes, mas precisam se adaptar aos novos tempos

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

O maior evento de varejo do mundo começou no domingo passado destacando a importância da Inteligência Artificial para o futuro do setor, mas terminou dois dias depois mostrando que as lojas físicas estão mais vivas do que nunca. Desde que abracem o uso de tecnologia para promover experiências excepcionais.

“A loja física não nasceu para competir em velocidade e eficiência com o varejo digital. Portanto, nem tente entrar nessa disputa”, disse Lee Peterson, VP Executivo da WD Partners. Uma resposta eficiente, embora contraintuitiva, para uma palestra chamada “como as lojas podem competir em um mundo de entregas super rápidas?”

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Para o consultor, as lojas físicas devem criar um campo de batalha para jogar um jogo que seja favorável. E esse é o jogo da experiência. “O mundo físico é o mundo da emoção e da experiência, tudo o que o online não pode trazer com a mesma eficiência”, pondera.

Para Kate Ancketill, CEO da GDR Creative Intelligence, o varejo físico será impulsionado pela Inteligência Artificial. “As pessoas têm sentido cada vez mais falta de um senso de comunidade, pertencimento e encantamento. As lojas físicas podem prover tudo isso, mas com tecnologia embarcada para potencializar seus efeitos”, afirma.

De acordo com ela, por sinal, o varejo do futuro será um híbrido entre agentes de Inteligência Artificial que automatizam atividades rotineiras e experiências altamente emocionais. “Nos próximos anos, a parte sem graça das compras será feita pela tecnologia, de forma automática. As pessoas, com isso, irão às lojas para se divertir, socializar, conhecer novidades e se surpreender com as experiências que o varejo apresentar”, acredita.

Uma vez que os consumidores têm demonstrado querer cada vez mais personalização em seus relacionamentos com as marcas, entender os hábitos, características e desejos dos clientes se torna essencial. É preciso deixar de lado os preconceitos e percepções não baseadas em dados – como a varejista de moda Pacsun tem mostrado.

A empresa tem como foco os consumidores de 16 a 24 anos (Geração Z), utilizando quatro pilares claros em sua comunicação: artes, esportes, música e moda. A partir do uso intensivo de dados, a varejista entende o comportamento do seu público e rompe a percepção de que a Geração Z não é fiel às marcas. “As marcas que têm os mesmos valores que a Geração Z recebem sua fidelidade. É algo que vai muito além dos produtos”, afirma Brieane Olson, CEO da Pacsun.

O entendimento do comportamento dos clientes e daquilo que faz a diferença para eles faz com que mais de 10% das vendas da empresa venham do social commerce. “Entendemos que precisamos nos conectar aos consumidores de formas diferentes, dando mais autonomia para que eles interajam do jeito que quiserem”, conta a executiva.

Parte desse processo é entender que as redes sociais podem ser uma enorme oportunidade para alcançar novos clientes e colocar as lojas físicas no radar. “Quando entendemos que nossos 2 milhões de seguidores no TikTok representavam pessoas que viam nossas lives de venda e poderiam aprofundar o relacionamento conosco nas lojas, percebemos uma imensa oportunidade. Isso faz toda a diferença no engajamento com os clientes”, completa Brieane.

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