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Mars aposta todas as fichas no chocolate amargo

De Administrador SH
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Surfando na onda do consumo que cresceu significativamente no primeiro semestre , multinacional faz lançamentos com menos açúcar

O brasileiro está comendo mais chocolate – as vendas neste ano, até junho, deram um salto de 20% em relação a igual período do ano passado. E a Mars Wrigley, braço de doces da norte-americana Mars, aposta que um chocolate menos doce vai conquistar mais consumidores.

Seu carro-chefe no Brasil, o Snickers – uma barra de chocolate, caramelo, amendoim e nougat – ganhou a versão “dark”, com chocolate amargo.

Harvey Millar, CEO da Mars no Brasil, diz que no ano passado, quando a pandemia da covid-19 atravessava sua fase mais aguda, a companhia cresceu acima do mercado. “É uma categoria que se recuperou e cresceu 3% no Brasil no ano passado em vendas e a Mars reportou levemente acima disso”, disso”, disse o executivo, citando dados da empresa de pesquisa Nielsen.

A versão com chocolate amargo do Snickers, produto mais vendido do grupo no Brasil, é uma grande aposta. A estimativa é que ela represente 10% das vendas de Snickers por aqui nos próximos três anos. A produção é toda na fábrica da Mars em Guararema (SP), inaugurada em 2019 com investimento de R$ 500 milhões.

A aposta no chocolate mais amargo para o Snickers veio de uma pesquisa feita no mercado brasileiro. O chocolate amargo é apontado como o terceiro na preferência – recentemente, o grupo lançou também o Twix Dark.

“É um segmento que está crescendo, mas ainda de baixa penetração”, diz o executivo. Segundo ele, apenas 35% das famílias consomem chocolate amargo – a penetração do chocolate é de 98%. “Por isso resolvemos juntar o chocolate meio amargo com uma marca forte”, disse. O consumo per capita de chocolate do brasileiro ainda é considerado baixo, de 2,6 kg em 2019, quando comparado aos 9 kg na Suíça e 8 kg na Alemanha.

Mesmo na pandemia, o grupo viu sua receita global com vendas saltar de US$ 35 bilhões em 2019 para R$ 40 bilhões em 2020, alta de 14%. O valor considera todos os negócios de atuação, entre eles os de produtos para animais de estimação, confeitos (chocolates, balas e gomas) e alimentos.

Segundo o executivo, a abertura da fábrica em 2019 reforçou o plano de longo no país. “Temos ambições muito fortes para o Brasil. Há 10 anos tínhamos 2% do mercado. Agora temos 5%. Vemos muito mais potencial”, disse.

A recuperação veio com força neste ano. No primeiro semestre o setor registrou alta de mais de 20% nas vendas de chocolate na comparação anual, conforme números da Nielsen apresentados pelo executivo. “Durante o período de pandemia, vimos que o chocolate tem um papel importante na vida das pessoas”, disse o executivo da Mars, que tem as gigantes Nestlé e Mondelez entre as rivais.

A produção nacional de chocolates no primeiro trimestre de 2021 foi de 189 mil toneladas, um aumento de 22,95% em relação ao mesmo período de 2020, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).

Esse crescimento no Brasil foi acompanhado de uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a comprar mais no canal on-line. “As pessoas estão mais confortáveis em receber chocolate junto das compras em aplicativos. Isso não era uma realidade antes. A pandemia acelerou o comportamento de compra on-line”, disse.

A empresa, entretanto, não tem no radar por enquanto o plano de passar a vender diretamente pela internet. Conta com sua rede de parceiros no varejo para alcançar os clientes.

Fonte: por Cristian Favaro, Valor

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