Entre os dias 17 e 19 de novembro, Chicago (EUA) recebeu a PLMA’s Private Label Trade Show, a maior feira dedicada a marcas próprias. O evento contou com mais de 1.800 expositores, mais de 3.000 estandes e trouxe diversas novidades que merecem atenção do varejo.
De acordo com o relatório da Private Label Manufacturers Association (PLMA), as vendas de marcas próprias nos Estados Unidos atingiram US$ 263,3 bilhões em 2023, um recorde em comparação ao ano anterior, que registrou US$ 101 bilhões. O crescimento de 4,7% nas vendas em dólar, analisado de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2023, evidencia a mudança de comportamento do consumidor.
Segundo Peggy Davies, presidente da PLMA, “um em cada cinco produtos alimentícios ou não alimentícios de mercearia vendidos nos EUA carrega o nome do varejista ou de sua própria marca e foi fornecido por um fabricante de marca própria”.
Durante o evento, ficou claro que as marcas próprias continuam a apresentar um desempenho impressionante, impulsionado por inovações e pela colaboração entre fornecedores e varejistas. A seguir, destacamos cinco tendências extraídas do evento que mostram por que o tema merece mais atenção dos supermercadistas:
- Marcas próprias são um negócio crescente, não apenas uma alternativa econômica
Como demonstrado pelos números, as marcas próprias estão alcançando recordes históricos, com previsão de superar a marca de um quarto de trilhão de dólares em vendas totais, conforme reforçado pela presidente da PLMA durante o evento. - Demanda crescente impulsionada por redes especializadas em marcas próprias
Dave Rinaldo, presidente da Aldi USA, destacou que varejistas e fabricantes têm papel crucial no crescimento do setor. “Confiamos em vocês para entregar qualidade aos nossos clientes. A inovação será fundamental para o futuro da indústria”, afirmou. Entre as inovações destacadas estão novos produtos, tecnologias avançadas e melhorias na cadeia de valor. - Inovação em grande escala já está acontecendo
Consumidores apreciam novidades, e isso ficou evidente em diversas exposições. Exemplos incluem o portfólio da Amazon Saver, com itens como carne seca de coco vegana e frutos do mar enlatados, além de produtos premium apresentados por Ahold Delhaize, Target e Gopuff. - Variedade para lanches e refeições em casa
Com mais pessoas optando por comer em casa, a conveniência é essencial. A feira apresentou produtos práticos, saudáveis e criativos, como sachês de azeitonas sem caroço, pastas e molhos prontos, snacks feitos de frutas e vegetais como banana e couve-de-bruxelas, além de refeições autênticas congeladas e refrigeradas de fabricantes internacionais. - Storytelling como diferencial
Ter uma narrativa forte é essencial para as marcas próprias. Produtos com histórias sobre sua origem, sustentabilidade e processos de produção chamaram a atenção na feira, como chocolates equatorianos e sucos orgânicos certificados. Fornecedores e varejistas foram incentivados a trabalhar juntos para compartilhar essas histórias de forma impactante.
Essas tendências reforçam que marcas próprias não são apenas uma estratégia de preço, mas uma oportunidade de inovação, conexão com o consumidor e diferenciação no mercado. Para os supermercadistas, é hora de repensar o potencial desse segmento.
Com informações de Progressive Grocer e da da Private Label Manufacturers Association (PLMA)