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Marca Pão de Açúcar é estrela de reestruturação do GPA

Formato de proximidade sob bandeira Minuto, Extra “repaginado”, turnaround operacional e retail media são as chaves dessa virada de página

De Redação SuperHiper
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O resgate da marca Pão de Açúcar seja na proximidade, no supermercado ou nas vendas on-line é o foco principal do estágio de reestruturação do GPA, sob o comando de Marcelo Pimentel, CEO da empresa, ainda que ele englobe outras frentes, como priorização de formatos, digitalização e questões relacionadas a finanças.

Quanto a formatos e bandeiras, o GPA seguirá na contramão do varejo alimentar no sentido de não explorar o atacarejo e privilegiar o formato de proximidade, especialmente com a bandeira Minuto Pão de Açúcar, tanto em relação à expansão das lojas físicas quanto do canal e-commerce. Nos últimos dois anos, foram abertas 110 unidades, a maioria delas sob a marca Minuto. A meta é dar continuidade a este ritmo de inaugurar de 50 a 60 estabelecimentos por ano com foco em São Paulo. Trata-se de uma estratégia para ganhar escala, que reduz o custo logístico de abastecimento das lojas e que fortalece o e-commerce. Além disso, o GPA comemora o fato de que, historicamente uma loja leva, em média, três anos para chegar à sua maturação. No Minuto isso tem acontecido nos primeiros 12 meses.

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Em relação à bandeira Extra, a estratégia é operar como um supermercado de bairro, muito forte em perecíveis, com comodidade e boa precificação. Por isso, o sortimento tem sido revisto, assim como as fachadas das lojas. Portanto, não há planos para operar como atacarejo. Quanto ao passivo, ele encontra-se devidamente contabilizado e provisionado. Atualmente, existem cerca de 150 lojas com a bandeira Extra em operação.

Finanças

No caso do turnaround operacional, segundo Pimentel, ainda há espaço para vender ativos e reduzir despesas. No caso dos ativos, a estratégia pode se repetir, mas não nas proporções anteriores que envolveram a venda da sede administrativa, das operações de combustível, das fatias na Cnova e da rede de supermercados colombiana Éxito. Todos os recursos foram direcionados para reduzir dívidas. A meta é tornar a empresa lucrativa o mais rápido possível e seguir avançando para que as margens e o controle de despesas tornem a companhia autossustentável. Em 2023, a redução de gastos foi de R$ 240 milhões. Este ano já está perto de R$ 250 milhões. E, para o próximo ano, a meta é dar sequência.

Além disso, houve redução de 12 dias de estoque e de 50% na ruptura, além de aprimoramento na disponibilidade de itens nas gôndolas. Destaque também para o aumento na penetração de perecíveis e na redução da alavancagem.

O GPA fechou o segundo trimestre com uma margem bruta recorde de 28,2% e um avanço de 34,8% no Ebitda ajustado, para um montante de R$ 396 milhões. O prejuízo líquido registrou R$ 332 milhões, ante R$ 425 milhões um ano antes.

Sobre o caso do arrolamento de bens do Assaí por conta de contingências tributárias do GPA anteriores à cisão das duas operações, tudo está dentro do acordado e do planejado uma vez que todos esses passivos estavam devidamente demonstrados no balanço da companhia e nas suas relações com o mercado.

Digitalização

Por sua vez, quando o assunto é e-commerce e digitalização, o GPA fechou o James, que era uma operação deficitária, cara e que atendia poucos clientes e, também, o CD do canal, pois só conseguia vender produtos não perecíveis. Atualmente, nada do e-commerce sai de um CD. Tudo sai de uma loja, o que facilita que as entregas sejam feitas no mesmo dia e, também, amplia a venda de perecíveis. O índice de entregas feitas no mesmo dia na casa dos clientes atual é de 80%.

O uso de inteligência artificial (IA) já faz parte do dia a dia da empresa voltada à segmentação dos clientes do Pão de Açúcar Mais, programa de fidelidade, e, também, para compor as ações de retail media, iniciadas em 2023. Atualmente os esforços têm sido direcionados para a inteligência de dados. A base do Pão de Açúcar Mais é composta por 20 milhões de clientes cadastrados, sendo mais de 3 milhões ativos. A companhia contratou a ferramenta Customer Data Platform, da Adobe, que permite olhar para esses clientes individualmente. O objetivo é avançar na hiperpersonalização, ou seja, conhecer o consumidor, o seu comportamento e compra e o da sua família.

Fonte: NEOFEED

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Publicação oficial da  Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

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