Por Renato Müller
Nos Estados Unidos, as lojas de conveniência deixaram de ser um lugar para pagar pelos combustíveis e comprar algo rápido para comer no caminho de casa ou do trabalho. Um relatório divulgado pelo CoBank, instituição financeira da região de Denver que apoia comunidades rurais, mostra que o setor tem se tornado um importante destino de compra de alimentos.
A razão principal para essa mudança de vocação das lojas de conveniência é a facilidade de acesso às lojas. “O varejo de conveniência evoluiu para se tornar um ponto focal da venda de alimentos e bebidas”, afirma Billy Roberts, economista-chefe do CoBank. “Esperamos que o setor ofereça uma variedade cada vez maior de refeições prontas ou pré-prontas, além de ampliar os produtos de marca própria, não apenas com foco em preço baixo, mas também desenvolvendo linhas premium”, acrescenta.
Segundo o estudo, o fluxo de consumidores nas lojas de conveniência americanas cresceu 58,6% desde janeiro de 2021, no pico das restrições trazidas pela onda ômicron do coronavírus. De acordo com dados da Placer.ai, desde fevereiro do ano passado o fluxo no setor só cresce. A razão para isso é a venda de alimentos.
Nos últimos anos, o crescimento das lojas de conveniência no foodservice tem ultrapassado o ritmo dos operadores de fast food, uma tendência que deve continuar no futuro próximo. Segundo a consultoria Technomic, em 2025 o crescimento de todo o foodservice deve ficar em 1,9%, mas no varejo (supermercados e lojas de conveniência) essa expansão será de 2,3%.
Dados da National Association of Convenience Stores (NACS) mostram que mais de um terço dos US$ 859,8 bilhões que o setor movimentou em 2023 veio das lojas de conveniência (o restante veio das bombas de combustíveis e serviços para os veículos). A cesta média nas lojas de conveniência subiu 3,7%, para US$ 7,80, mas as vendas de produtos preparados saltaram 12,2%.