A inteligência artificial (IA) já faz parte do dia a dia do varejo alimentar e tem se tornado uma aliada em vários processos. Entre eles, o aprimoramento da gestão de inventário voltado à redução de ruptura e a ganhos de eficiência operacional.
Já existem sistemas que, a partir de uma análise preditiva, geram uma recomendação de pedido alinhada à política de estoque do varejista, além de sugerir a redistribuição de produtos para as lojas de forma automatizada e eficiente. Isso reflete diretamente na experiência do consumidor, que dificilmente encontrará gôndolas desabastecidas.
É o caso de a Nestlé Brasil. Para evitar a falta de seus produtos nos mais distintos pontos de vendas espalhados pelo Brasil, a multinacional suíça mantém com seus parceiros comerciais a operação da plataforma SISO (acrônimo para “sell in” e “sell out”), que utiliza IA, automação e ciência de dados para otimizar o gerenciamento de inventário. A ferramenta tem como benefício a redução do desabastecimento das lojas e melhora a colaboração da companhia com o varejo. Desde a implementação da ferramenta, a empresa conseguiu reduzir em 35% a ruptura do estoque de seus clientes comerciais e identificar de modo automático mais de 90% das “causas-raiz” do problema.
A plataforma é baseada em cogestão de inventário, integrando informações entre a Nestlé e seus clientes, segundo normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O sistema ainda projeta diariamente a venda futura dos clientes varejistas no nível granular de produto e faz o cruzamento dos dados com a mensuração dos estoques e centros de distribuição em tempo próximo ao real.
Desde a criação do sistema comandada pelo time de DataLab – laboratório próprio de dados da Nestlé especializado em desenvolver soluções baseadas em data analytics, a companhia viu um incremento de 1,5% nas vendas para o varejo, aumentando a eficiência operacional.