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GPA registra lucro líquido de R$ 137 milhões no 3º tri

Entre os destaques estão formato de proximidade, e-commerce e geração de caixa livre operacional

De Redação SuperHiper
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O Grupo Pão de Açúcar (GPA) — dono das redes Extra e Pão de Açúcar — voltou a operar no azul no terceiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido de R$ 137 milhões, um contraste com o prejuízo de R$ 310 milhões no mesmo período de 2024. No trimestre passado, o prejuízo foi de R$ 216 milhões.

Confira, a seguir, os destaques do balanço do terceiro trimestre de 2025, divulgados pela companhia ao mercado na noite de terça-feira (4):

  • Margem EBITDA ajustado avança para 9,1% (+0,2 p.p.)
  • Crescimento de 4,1% em mesmas lojas, evidenciando a força e a consistência dos segmentos e atuação;
  • Fortalecimento das bandeiras premium e de proximidade com contínuo avanço no market share
  • Margem bruta em trajetória positiva, refletindo a resiliência da estratégia comercial
  • Lucro líquido continuado atingiu R$ 145 milhões, com reconhecimento de créditos tributários de prejuízos fiscais
  • Geração de caixa livre operacional LTM alcançou R$ 744 milhões e dobrou em relação ao período anterior

Vendas: em mesmas lojas +4,1%, crescimento resiliente e consistente

Formato de proximidade apurou elevação em vendas totais de 17,3% com aumento de market share.

Extra Mercado cresceu 5,5% em vendas mesmas lojas com aceleração Q/Q.

Pão de Açúcar avançou 3,5% em vendas mesmas lojas no segmento premium, com alta fidelização de clientes.

Canal on-line: líder do e-commerce alimentar do Brasil, com 13,1% de participação nas vendas totais do GPA

Vendas do canal avançaram 9,8% no trimestre e totalizaram R$2,4 bilhões nos últimos 12 meses.

Sólida margem EBITDA pré-IFRS 16 de 10,3%, evidenciando a eficiência e a perenidade do canal.

Captura de oportunidades com forte crescimento das bandeiras Extra Mercado e de proximidade.

Rentabilidade: sólido patamar de margem bruta e evolução consistente da margem EBITDA, impulsionada pelo processo de capturas de eficiência em SG&A

Margem bruta atingiu 27,6%, evidenciando a resiliência da estratégia comercial

SG&A recuou para 19,5% da receita líquida, melhora de 0.3 p.p. com redução de despesas

Margem EBITDA Ajustado avançou para 9,1% (+0,22 p.p.)

Market share: aumento da relevância nos segmentos premium e de proximidade

Avanço de 0,6 p.p. no market share do mercado premium

Share of wallet dos clientes fiéis da bandeira Pão de Açúcar apurou crescimento de 1,5 p.p.

Expansão de 1,6 p.p. no market share do formato de proximidade

Geração de caixa: disciplina financeira e ganhos de eficiência impulsionam resultado operacional

Fluxo de caixa livre operacional alcançou R$ 744 milhões, duas vezes maior que o apurado no período anterior

CAPEX começou a refletir novo patamar, com otimização dos investimentos e redução da expansão

Gestão do capital de giro operacional com forte geração em estoques e fornecedores

Mensagem do CEO

Na sequência, está a mensagem do atual diretor-presidente do GPA, Rafael Russowsky, sobre os resultados:

“O desempenho do terceiro trimestre demonstra a consistência da nossa estratégia e o comprometimento em fortalecer o GPA com base em eficiência, disciplina e foco em rentabilidade. Mantivemos evolução em indicadores operacionais e financeiros relevantes, com crescimento de vendas mesmas lojas de 4,1%, a manutenção da liderança no e-commerce alimentar brasileiro, a expansão de 0,2 p.p. na margem EBITDA Ajustado, alcançando 9,1%, e geração de caixa livre operacional com um patamar duas vezes maior que o período anterior.”

E acrescentou. “Mesmo diante de um cenário macroeconômico e concorrencial desafiadores, mantivemos a nossa margem bruta em níveis sólidos, o que demonstra a resiliência da nossa estratégia comercial, e registramos um crescimento consistente e resiliente das vendas em todas as bandeiras, com destaque ao desempenho dos negócios premium. Seguimos firmes na execução de um plano centrado na simplificação do negócio e no aumento da produtividade em todas as frentes. A redução de despesas operacionais e os avanços na otimização da estrutura contribuíram para um

trimestre mais equilibrado e com aumento de rentabilidade. Vale também destacar a reorientação da nossa estratégia de investimentos, que estabelece maior rigor na seleção de projetos e uma redução expressiva da expansão. Como consequência, o CAPEX desse trimestre já começa a refletir esse movimento.”

Futuro: cortes e vendas de ativos

Durante a divulgação dos resultados, o GPA anunciou que vai cortar custos, despesas e investimentos no ano que vem. E isso envolverá demissões de pessoal; reduções de consumo e alterações e otimização de escopo. A varejista tem um plano que projeta uma redução do investimento para algo em torno de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões. Nos 12 meses encerrados em 30 de setembro o investimento da empresa somou R$ 693 milhões.

O plano prevê também uma redução de ao menos R$ 415 milhões nas despesas operacionais em comparação à estimativa desses gastos para o encerramento de 2025.

No terceiro trimestre, o grupo realizou a segunda etapa do processo de simplificação da estrutura administrativa com a redução de cerca de 700 cargos, principalmente na sua sede.

Além das demissões, haverá a otimização dos custos nos canais de comunicação, publicidade, redução de contratos de “facilities”, consultorias e despesas com tecnologia.

Esse “enxugamento” abrangerá ainda a venda de ativos não estratégicos, nos quais a totalidade dos recursos gerados serão aplicados para a redução da dívida bruta. Embora ainda sem detalhes, a companhia informou que espera a conclusão de uma venda “significativa” em um prazo “razoavelmente curto”, mas não deu detalhes.

Novo comando

Importante destacar que o terceiro trimestre deste ano foi marcado por importantes mudanças no comando da empresa. A família Coelho Diniz, que atua no varejo alimentar em Minas Gerais, passou a ser a principal acionista do GPA, com 24,5% das ações, superando o grupo francês Casino, que agora detém 22,5%. A mudança encerrou mais de uma década de comando francês no colegiado. Além disso, os integrantes da família Coelho Diniz passaram a ocupar quatro dos nove assentos do Conselho de Administração da rede, incluindo a presidência do colegiado, com André Coelho Diniz.

No dia 22 de outubro foi formalizada a troca de CEO. Segundo um comunicado oficial da companhia, Marcelo Pimentel formalizou seu pedido de renúncia dos cargos de diretor-presidente e de integrante do Conselho de Administração. Em seu lugar, foi eleito como diretor-presidente interino Rafael Russowsky, que passou a acumular as funções de diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

Fontes: Assessoria de imprensa do GPA/ O Fator/ Reuters

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